Hospital Pediátrico de Coimbra coordena seis Centros Europeus de Referência

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nelson garrido/arquivo

O Hospital Pediátrico de Coimbra, que integra o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), coordena desde o final de 2016 seis Centros Europeus de Referência em medicina, informa o director do departamento pediátrico, Jorge Saraiva. "Em duas áreas, é mesmo o único centro ibérico: no caso das doenças genéticas ósseas raras e das síndromes dismórficas com atraso intelectual grave", sublinha, salientando que as candidaturas foram aprovadas pela Comissão Europeia com base nos serviços e estruturas já existentes.

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O Hospital Pediátrico de Coimbra, que integra o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), coordena desde o final de 2016 seis Centros Europeus de Referência em medicina, informa o director do departamento pediátrico, Jorge Saraiva. "Em duas áreas, é mesmo o único centro ibérico: no caso das doenças genéticas ósseas raras e das síndromes dismórficas com atraso intelectual grave", sublinha, salientando que as candidaturas foram aprovadas pela Comissão Europeia com base nos serviços e estruturas já existentes.

No caso das doenças hepáticas com doença rara, o Hospital Pediátrico de Coimbra é o único centro português de referência e um de dois centros ibéricos. Coordena ainda as redes europeias de referência em transplante de órgãos em crianças, doenças oncológicas pediatras e doenças metabólicas. Participa também no centro de tratamento das doenças epiléticas raras, onde há uma vertente pediátrica, e no das doenças oftalmológicas raras, ambos coordenados pelo polo Hospital Universitário / CHUC.

As candidaturas foram abertas em 2016 para todos os países da União Europeia e para aqueles que têm acordos que permitem integrar redes europeias neste modelo, como é o caso de Suíça e Noruega, tendo as redes europeias de referência sido aprovadas em Dezembro.

"Acho muito gratificante este sucesso e duvido que haja outra instituição nacional ou ibérica que tenha conseguido ultrapassar as barreiras num leque tão amplo e exigente como o Hospital Pediátrico conseguiu", frisou Jorge Saraiva.

Segundo o director do departamento pediátrico - Hospital Pediátrico / CHUC, coordenar os seis centros constitui um desafio para o futuro, "na forma de garantir a continuidade do reconhecimento que já foi feito à capacidade instalada e à experiência acumulada a diagnosticar e tratar doentes com estas patologias".

Depois dos 14 centros de referência nacionais reconhecidos em 2016, o presidente do conselho de administração do CHUC, Martins Nunes, salientou à agência Lusa que foi feito "um esforço enorme, envolvendo todos os profissionais, nesta estratégia de os integrar nos centros europeus de referência".

"Quando em pouco mais de um ano conseguimos integrar seis centros de referência pediátricos e dois de adultos em centros europeus, penso que é uma boa notícia para o país e para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), porque esta posição que o CHUC ocupa a nível europeu tem um impacto direto na qualidade dos serviços e também na credibilidade da medicina portuguesa", sublinhou.

Segundo Martins Nunes, desde o "início que estrategicamente o CHUC se quer posicionar no centro da qualidade dos serviços de saúde europeus e, portanto, isto é muito importante para o hospital e para os profissionais, mas sobretudo para os doentes, porque qualquer doente europeu sabe que em Portugal existe uma unidade que trata determinadas doenças e que estão creditados por esta integração nos centros europeus".

"A nossa posição foi sempre dar um contributo para o país nos aspectos reputacionais da medicina portuguesa e também para os nossos doentes ao nível da confiança, quer sejam do SNS ou estrangeiros", enfatizou.

O CHUC é centro de referência nacional em transplantes de coração, onco-oftalmologia e transplantação hepática pediátrica.
É também centro de referência em cardiologia de intervenção estrutural, cardiopatias congénitas, doenças hereditárias do metabolismo, epilepsia refratária, cancro do esófago, cancro do testículo, cancro do reto, sarcomas das partes moles e ósseos, cancro hepatobilio/pancreático, oncologia pediátrica e transplante de rim adultos.