Fórmula 1: Nico Rosberg campeão mundial, 34 anos depois do pai

Lewis Hamilton venceu tranquilamente em Abu Dhabi, mas não chegou para evitar a passagem de testemunho para o rival da Mercedes.

Fotogaleria

Nico Rosberg sagrou-se neste domingo campeão mundial de Fórmula 1 ao alcançar o segundo lugar, atrás de Lewis Hamilton, em Abu Dhabi, onde precisava apenas de terminar no último lugar do pódio.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Nico Rosberg sagrou-se neste domingo campeão mundial de Fórmula 1 ao alcançar o segundo lugar, atrás de Lewis Hamilton, em Abu Dhabi, onde precisava apenas de terminar no último lugar do pódio.

O piloto alemão é assim campeão mundial 34 anos depois de o pai, Keke Rosberg, ter vencido o Mundial de Fórmula 1. Esta, aliás, é apenas a segunda vez em que um filho de um antigo campeão ganha igualmente o campeonato: a primeira aconteceu com Damon Hill em 1996, depois de o pai, Graham Hill, ter sido campeão em 1962 e 1968.

Em Abu Dhabi, Hamilton aproveitou a pole position para fazer o que lhe competia: vencer e esperar que o colega e rival da Mercedes experimentasse algum tipo de problema mecânico que o impedisse de levar a cabo uma corrida estratégica à parte, a pensar exclusivamente no título mundial.

O alemão saiu logo atrás de Hamilton, concentrado e disposto a controlar o inglês à distância, sem correr riscos desnecessários. Rosberg beneficiou ainda de um erro de Verstappen na largada, que fez o holandês cair para a última posição depois de entrar em pião. Sem a pressão de Verstappen , Rosberg estava ainda mais à vontade para colocar o plano de corrida em prática.

Mas a escolha de pneus e a primeira ida às boxes alterou um pouco o guião do germânico. Hamilton foi o primeiro a trocar e a perder uma fracção de segundos suficiente para elevar o ritmo cardíaco, já que o Ferrari de Räikkönen entrou logo atrás e obrigou a Mercedes a conter o regresso à pista. Situação que se repetiu logo depois, com Rosberg a perder ainda mais tempo do que o companheiro.

No regresso à corrida, Rosberg acabou por encontrar Verstappen, perdendo um pouco o controlo emocional e a frieza que se esperava. Verstappen resistiu à ultrapassagem e Rosberg forçou até ao limite, colocando em perigo a continuidade em prova. O alemão mostrou nervos de aço e fibra de campeão, mostrando quem manda.

Entretanto, a primeira ovação do Yas Marina foi para Jenson Button, forçado a abandonar na 13.ª volta com uma roda partida. O inglês despediu-se da Fórmula 1 volvidos 16 anos da estreia e sete depois de ter conquistado o título de campeão mundial.

As emoções rodaram soltas até final, com a luta a intensificar-se entre os quatro primeiros, com Vettel a pressionar Verstappen e Rosberg a sentir a ameaça e a ter que pensar atacar Hamilton. A Ferrari tentava limpar a imagem neste final de campeonato, com Vettel a crescer e a superar Max Verstappen a quatro voltas do fim, embora demasiado tarde para Rosberg sair do pódio e deixar escapar o título.