A arte urbana vai subir aos andaimes e transformar Vila Real

Artistas nacionais foram desafiados a interpretar temas associados à cidade transmontana

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Oito "graffiters" vão criar um roteiro de arte urbana em murais e paredes de Vila Real. O Pitoresco — 1.º Festival de "graffiti" e "street art" de Vila Real, que começa esta quinta-feira e se prolonga até domingo, é organizado pela associação Instantes Mutantes e pelo município e insere-se na programação da Capital da Cultura do Eixo Atlântico 2016. "Queremos criar um roteiro de 'street art' na cidade de Vila Real", resume Eduardo Porto, que integra a associação, em declarações à Lusa.

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Oito "graffiters" vão criar um roteiro de arte urbana em murais e paredes de Vila Real. O Pitoresco — 1.º Festival de "graffiti" e "street art" de Vila Real, que começa esta quinta-feira e se prolonga até domingo, é organizado pela associação Instantes Mutantes e pelo município e insere-se na programação da Capital da Cultura do Eixo Atlântico 2016. "Queremos criar um roteiro de 'street art' na cidade de Vila Real", resume Eduardo Porto, que integra a associação, em declarações à Lusa.

Os artistas nacionais foram desafiados a interpretar temas associados à cidade transmontana, como as corridas de automóveis, o barro negro de Bisalhães, o lobo ibérico ou o Douro Património Mundial e os seus vinhos. E, agora, durante quatro dias, Bafo de Peixe, Smile, Pedro Podre, Fedor, Third, Mar, Draw e Contra vão espalhar-se pela cidade, subir aos andaimes que já estão montados, e pintar os murais, deixando uma marca permanente desta arte urbana na cidade transmontana.

"O objectivo foi associar a história e a tradição de Vila Real com a arte contemporânea, aliando assim a tradição ao futuro", sustentou Eduardo Porto. São seis os locais a intervir: bairro da Araucária (Bloco B), localizado em frente ao Circuito Internacional, viaduto da Nossa Senhora da Conceição, a fachada do edifício ao lado do Museu de Numismática, a fachada do Hotel Miraneve, Terminal Rodoviário e a rotunda da Praça da Galiza, perto da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. É um roteiro que atravessa a cidade e que inclui zonas menos conhecidas e menos visitadas.

"A ideia é que as pessoas visitem a cidade a pé e através dos "graffitis" conheçam a nossa história e a tradição", sustentou Eduardo Porto. Daniel Souto, também elemento da Instantes Mutantes, destacou ainda a realização de iniciativas como a "Arte nas montras", com jovens estudantes a pintarem as montras das lojas do centro histórico, "Os pequenos artistas", em que alunos do 4.º ano do ensino básico vão também pintar um mural, ou o "Baptismo de 'graffiti'", para quem quiser experimentar esta forma de arte. Durante o fim de semana, decorrerão ainda intervenções 'flash', no âmbito da iniciativa "'graffiti' Espontâneo", em vários locais da cidade.

Este festival é um dos eventos de destaque da recta final da iniciativa Vila Real Capital da Cultura do Eixo Atlântico. "Apostamos na cultura, apostamos na juventude e na inovação. Um dos objectivos da Capital da Cultura foi precisamente este, dar visibilidade, palco, a associações locais, a jovens locais", afirmou a vice-presidente da Câmara de Vila Real, Eugénia Almeida.

As cidades de Vila Real e de Matosinhos partilham em 2016 o estatuto de Capital da Cultura do Eixo Atlântico, unindo-se sob o mote "Do Douro ao Atlântico". A programação arrancou oficialmente em Maio e estende-se até Outubro.