Pliskova é um novo nome nas meias-finais de um Grand Slam

Novak Djokovic volta a ver um adversário desistir

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Pliskova festeja o seu triunfo sobre Ana Konjuh JEWEL SAMAD/AFP

Karolina e Kristina Pliskova são duas tenistas gémeas, que tiveram uma carreira júnior promissora. Karolina, dois minutos mais nova, foi "top-10" no ranking mundial do escalão em 2010 e é a que tem tido mais sucesso no circuito profissional, tendo ocupado o sétimo lugar do ranking, em Agosto do ano passado. Mas no início deste Open dos EUA, a checa de 24 anos era a única jogadora do "top-20" que nunca tinha ido além dos oitavos-de-final num Grand Slam. Depois de passar essa fasquia – com uma vitória sobre a campeoníssima Venus Williams, concretizada no tie-break do terceiro set, em pleno Arthur Ashe Stadium – Karolina fez melhor e tornou-se na primeira checa a atingir as meias-finais do Open norte-americano desde Jana Novotna, em 1998.

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Karolina e Kristina Pliskova são duas tenistas gémeas, que tiveram uma carreira júnior promissora. Karolina, dois minutos mais nova, foi "top-10" no ranking mundial do escalão em 2010 e é a que tem tido mais sucesso no circuito profissional, tendo ocupado o sétimo lugar do ranking, em Agosto do ano passado. Mas no início deste Open dos EUA, a checa de 24 anos era a única jogadora do "top-20" que nunca tinha ido além dos oitavos-de-final num Grand Slam. Depois de passar essa fasquia – com uma vitória sobre a campeoníssima Venus Williams, concretizada no tie-break do terceiro set, em pleno Arthur Ashe Stadium – Karolina fez melhor e tornou-se na primeira checa a atingir as meias-finais do Open norte-americano desde Jana Novotna, em 1998.

Novotna, campeã de Wimbledon nesse ano, descreveu a compatriota: “Tem a imagem de uma rapariga fria. Não é muito faladora, não é particularmente emocional, às vezes não se percebe o que está a pensar, o que é bom, para o ténis. E quando bate na bola, é mortal.”

O serviço é a sua principal arma tendo obtido o maior número de ases na época 2015, com 517, à frente de Serena Williams (498), líder dessa lista nos três anos anteriores. A capacidade de fazer winners estende-se às restantes pancadas, já que a bola sai sempre muito rápida da raqueta de Pliskova – não é por acaso que uma das suas músicas favoritas é Fast Car, de Tracy Chapman, e o atleta favorito é Usain Bolt. A estas qualidades, junte-se uma boa campanha em hardcourts durante Verão e está criada uma forte candidata a estar na final do Open dos EUA.

Pliskova (11.ª) chegou a Nova Iorque logo após conquistar o seu sexto título no WTA Tour, em Cincinnati – em cuja final derrotou Angelique Kerber (2.ª). Aí iniciou uma série de 10 encontros ganhos, incluindo quatro vitórias sobre adversárias do "top-10". A décima vitória aconteceu nesta quarta-feira, novamente no Arthur Ashe Stadium, diante da promissora Ana Konjuh (92.ª), seis anos mais nova.

A maior experiência de Pliskova deu-lhe desde o primeiro ponto um ascendente sobre a jovem croata que demorou a encontrar-se. Depois de ver a adversária distanciar-se (0-4), Konjuh começou a ganhar jogos de serviço, mas um break a 2-3, foi-lhe fatal e, ao fim de 57 minutos, a checa cerrava o punho, celebrando a vitória com um duplo 6-2.

“Estou muito entusiasmada por estar na minha primeira meia-final do Grand Slam. Penso que o serviço fez a diferença e, depois consegui um break cedo e fiquei mais calma”, afirmou Pliskova, que já tem a garantia de ir subir ao sexto lugar.

Para atingir a desejada final terá de ultrapassar ainda mais uma adversária: Serena Williams (1.ª) ou Simona Halep (5.ª), que se defrontavam na sessão nocturna.

No torneio masculino, Novak Djokovic (1.º) voltou a ver um adversário desistir, quando Jo-Wilfred Tsonga (11.º) abandonou, lesionado no joelho esquerdo, após perder os dois primeiros sets: 6-3, 6-2. Djokovic tem assim mais tempo para recuperar da pequena lesão no pulso esquerdo, antes de, amanhã, defrontar um Gael Monfils (12.º) em grande forma, não tendo ainda cedido qualquer set.