Novo táxi fluvial no Douro começa a funcionar até ao início de Setembro

Grupo The Fladgate Partnership diz ter todas as licenças necessárias para começar a operar duas "rabelas" entre o Porto e Gaia.

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Neste momento, é possível atravessar o Douro de barco entre Massarelos e a Afurada Fernando Veludo/NFactos

O novo serviço de táxi fluvial no rio Douro, com "Rabelas" a ligar as ribeiras de Porto e Gaia, vai começar a funcionar nos próximos dias, garantiu esta sexta-feira a empresa promotora que viu esta semana aprovadas as últimas licenças necessárias. "Está previsto entre o final de Agosto e o início de Setembro", disse à Lusa Miguel Alves, coordenador do projecto da empresa The Fladgate Partnership que quer pôr duas embarcações - designadas "Rabelas" - em funcionamento contínuo a ligar as duas margens do Douro em travessias de três minutos.

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O novo serviço de táxi fluvial no rio Douro, com "Rabelas" a ligar as ribeiras de Porto e Gaia, vai começar a funcionar nos próximos dias, garantiu esta sexta-feira a empresa promotora que viu esta semana aprovadas as últimas licenças necessárias. "Está previsto entre o final de Agosto e o início de Setembro", disse à Lusa Miguel Alves, coordenador do projecto da empresa The Fladgate Partnership que quer pôr duas embarcações - designadas "Rabelas" - em funcionamento contínuo a ligar as duas margens do Douro em travessias de três minutos.

No início do ano, a empresa esperava ter os barcos a circular ainda antes da Páscoa, mas o processo de licenciamento acabou por demorar, tendo a última licença sido emitida esta semana pela APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo. Segundo informação da APDL à Lusa, "neste momento, o processo está concluído por parte da APDL, tendo sido emitido o Título de Utilização de Recursos Hídricos e Licença de Obras a favor da Requerente". 

"A atribuição do direito à requerente [The Fladgate Partnership], na sequência de procedimento concursal, foi deliberada pelo Conselho de Administração da APDL em Dezembro de 2015", esclareceu esta entidades, acrescentando: "a partir de então, decorreu o processo de licenciamento da construção dos dois cais, estando o prazo entretanto decorrido relacionado com a apresentação dos projectos e Termo de Responsabilidade parte da Requerente e da recolha dos pareceres das entidades externas, tendo o último parecer chegado à APDL há cerca de dez dias".

De acordo com o coordenador do projecto, a empresa promotora vai agora dar início à construção simultânea dos dois cais de acostagem das embarcações que, do lado do Porto, fica no topo montante do Cais da Estiva, naquele que é um posto de fronteira marítima fora de espaço Schengen. A APDL assegura, porém, que esta é uma localização "compatível com manutenção das obrigações do espaço Schengen".

A instalação das plataformas de 12 metros nas ribeiras de Porto e Gaia demorará, segundo Miguel Alves, cerca de "duas semanas", após o que começa a navegar a primeira de duas "Rabelas", actualmente ancorada na Douro Marina, na Afurada. A segunda embarcação, ainda em construção em Setúbal, deverá chegar ao Douro a 15 de setembro, referiu o responsável.

As rabelas, que começaram por se chamar 'vaporettos' e que chegaram a mudar de nome para 'rabeleiros', têm capacidade para 28 passageiros e dois tripulantes, uma cabine interior e motor fora de bordo a gasóleo. De acordo com informações da empresa em Janeiro, as embarcações funcionarão numa "lógica de ida e volta" entre as duas margens, com viagens de 240 metros a durar três minutos e preços a rondar os 2,50 euros por viagem. 

Adrian Bridge, director-geral da empresa, disse então que "quase todas as infraestruturas de alojamento estão na margem norte e há quase 870 mil pessoas que visitam as caves todos os anos" pelo que com este novo serviço espera captar um pouco mais de 20% desses turistas que mesmo a pé, de táxi, autocarro ou tuk tuk, para visitar a margem sul do Douro "têm sempre que atravessar a ponte" Luís I.

A travessia do Douro é já assegurada pela embarcação Flor do Gás, que, a jusante, liga a Afurada a Massarelos. O serviço tem mais de 70 anos e foi alvo de um reinvestimento, em 2013, por parte de uma empresa que aposta também no potencial turístico desta viagem. O aumento dos serviços de ligação entre as duas margens, quer junto à foz, quer a montante, é uma das apostas do plano metropolitano para o Douro.