Phelps está quase a encher a mão de ouro

Conquistou quarta medalha no Rio 2016 com exibição avassaladora nos 200m estilos. Nos 100m livres femininos, Simone Manuel e Penny Oleksiak terminaram empatadas em primeiro o percurso em 52,70s e estabeleceram um novo recorde olímpico.

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Rei, fenómeno, mito, monstro? Ele é tudo isso e ainda mais. Michael Phelps não conhece limites, e na jornada nocturna de quinta-feira conquistou a quarta medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 2016. No Estádio Aquático Olímpico do Rio de Janeiro, o norte-americano foi avassalador na prova de 200m estilos, que venceu com quase dois segundos de avanço para o segundo nadador mais rápido, arrebatando a 26.ª medalha olímpica da carreira (das quais 22 são de ouro).

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Rei, fenómeno, mito, monstro? Ele é tudo isso e ainda mais. Michael Phelps não conhece limites, e na jornada nocturna de quinta-feira conquistou a quarta medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 2016. No Estádio Aquático Olímpico do Rio de Janeiro, o norte-americano foi avassalador na prova de 200m estilos, que venceu com quase dois segundos de avanço para o segundo nadador mais rápido, arrebatando a 26.ª medalha olímpica da carreira (das quais 22 são de ouro).

O domínio de Michael Phelps na natação mundial atinge proporções que dificilmente serão igualadas, para já não dizer batidas. Com a vitória nos 200m estilos, o norte-americano tornou-se no primeiro nadador da história dos Jogos Olímpicos a vencer a mesma prova em quatro ocasiões: impôs-se no Rio de Janeiro com 1m54,66s, em Londres (1m54,27s), em Pequim (1m54,23s) e em Atenas (1m57,14s).

Phelps controlou a prova e nos derradeiros 50 metros acelerou sem que a concorrência o conseguisse acompanhar, deixando o japonês Kosuke Hagino a quase dois segundos (1m56,61s). Ryan Lochte, prata em Londres 2012 nesta prova, ficou-se pelo quinto lugar.

Michael Phelps não precisou de confirmar o triunfo no ecrã gigante, mostrando quatro dedos da mão direita, a lembrar que já conquistou quatro medalhas de ouro no Rio 2016 – e que venceu os 200m estilos pela quarta vez consecutiva em Jogos Olímpicos. No pódio, o norte-americano não escondeu a emoção, com os olhos marejados de lágrimas enquanto ouvia o hino.

A “Bala de Baltimore” voltaria à piscina pouco depois, para as meias-finais dos 100m mariposa. Acabado de vir do pódio, Phelps virou aos 50 metros em último lugar – mas foi o mais rápido na segunda metade e terminou em segundo, com 51,58s. Foi apenas mais 0,01s do que o húngaro László Cseh precisou. Na outra meia-final, Joseph Schooling, de Singapura, venceu com 50,83s. A final que pode render a Phelps o quinto ouro no Rio 2016 está marcada para esta sexta-feira. E ainda é possível que o norte-americano faça parte da estafeta 4x100m estilos.

Dois ouros e dois hinos

Outro dos momentos da noite aconteceu na final feminina dos 100m livres. Simone Manuel e Penny Oleksiak completaram o percurso em 52,70s e estabeleceram um novo recorde olímpico. A norte-americana de 20 anos e a canadiana de 16 receberam cada uma sua medalha de ouro, num empate de que só havia memória nos 50m livres em Sydney 2000 (entre Anthony Ervin e Gary Hall Jr., ambos norte-americanos). As duas subiram ao lugar mais alto do pódio e ouviram o respectivo hino nacional, com o segundo lugar a ficar vazio. A sueca Sarah Sjöström levou o bronze para casa, enquanto a australiana Bronte Campbell, recordista do mundo, ficou em quarto lugar.

Nos 200m costas, Ryan Murphy venceu e juntou esse título da prova de 100m costas, que já tinha conquistado no Rio de Janeiro. O norte-americano assumiu a liderança no segundo percurso da prova e foi imparável até à parede, terminando com 1m53,62s. A medalha de prata foi para o australiano Mitchell Larkin, que nos 100m costas falhara o pódio (foi quarto classificado, a 0,03s do terceiro). Mas não sofreu uma segunda desilusão e conquistou a sua primeira medalha olímpica, com a escassa vantagem de 0,01s sobre o russo Evgeny Rylov.

A japonesa Rie Kaneto conquistou o seu primeiro título olímpico no 200m bruços com um tempo de 2m20,30s, bem à frente da russa Yulia Efimova (2m21,97s), que voltou a ficar com a medalha de prata, à semelhança do que acontecera na prova de 100m bruços. O pódio ficou completo com a chinesa Shi Jinglin, enquanto a dinamarquesa Rikke Moller Pedersen, recordista mundial, fez um início muito rápido mas começou a perder terreno e terminou na última posição.

Na prova mais rápida da noite, o francês Florent Manaudou foi o mais veloz das meias-finais dos 50m livres (21,32s), seguido pelo ucraniano Andrii Govorov e pelo norte-americano Anthony Ervin. Sem César Cielo, o recordista mundial e grande ausente da prova, as bancadas do Estádio Aquático Olímpico exultaram com o apuramento de outro brasileiro, Bruno Fratus, para a final.

Katinka Hosszú, que já conquistou três medalhas de ouro e estabeleceu um recorde mundial no Rio 2016, dominou as meias-finais dos 200m costas. Foi 1,14s mais rápida do que a canadiana Hilary Caldwell, que havia controlado a primeira meia-final. Missy Franklin, campeã olímpica em título na prova, desiludiu (mais uma vez) ao fazer apenas o 14.º tempo no conjunto das duas meias-finais.