OPP ridículo?

O Governo decidiu importar para o âmbito nacional, uma iniciativa que nasceu há anos nas autarquias e que tem vindo a suscitar adesão crescente dos cidadãos de norte a sul do país. Trata-se do Orçamento Participativo de Portugal (OPP) para o qual o Governo decidiu atribuir uma verba de três milhões de euros. O montante é ridículo, tendo em conta que só o orçamento participativo da câmara de Lisboa dispõe de 2,5 milhões, mas nem por isso a cerimónia deixou de ter alguma pompa e circunstância, com a presença do primeiro-ministro. E isso não aconteceu por acaso. António Costa, ele próprio ex-autarca, conhece melhor do que ninguém a popularidade deste projecto e o potencial de empatia que pode vir a trazer ao seu Governo. Desde logo pela aproximação aos cidadãos, muito mais facilmente mobilizados em torno de projectos que lhe são próximos; depois pelo efeito multiplicador da acção directa. Costa não dorme e já está a pensar a prazo. Aliás, ele avisou que estes três milhões são para subir.

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O Governo decidiu importar para o âmbito nacional, uma iniciativa que nasceu há anos nas autarquias e que tem vindo a suscitar adesão crescente dos cidadãos de norte a sul do país. Trata-se do Orçamento Participativo de Portugal (OPP) para o qual o Governo decidiu atribuir uma verba de três milhões de euros. O montante é ridículo, tendo em conta que só o orçamento participativo da câmara de Lisboa dispõe de 2,5 milhões, mas nem por isso a cerimónia deixou de ter alguma pompa e circunstância, com a presença do primeiro-ministro. E isso não aconteceu por acaso. António Costa, ele próprio ex-autarca, conhece melhor do que ninguém a popularidade deste projecto e o potencial de empatia que pode vir a trazer ao seu Governo. Desde logo pela aproximação aos cidadãos, muito mais facilmente mobilizados em torno de projectos que lhe são próximos; depois pelo efeito multiplicador da acção directa. Costa não dorme e já está a pensar a prazo. Aliás, ele avisou que estes três milhões são para subir.