Partido de extrema direita abre polémica racista com jogadores da Alemanha

AfD não considera que a actual selecção alemã seja a equipa nacional devido aos jogadores de origem estrangeira.

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Boateng (à direita) foi um dos alvos do partido Reuters

O partido de extrema direita populista alemão AfD abriu uma nova polémica na quinta-feira, com um dos seus dirigentes a afirmar que a equipa “nacional” não esteve em campo, numa alusão ao facto da selecção ter alguns jogadores negros.

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O partido de extrema direita populista alemão AfD abriu uma nova polémica na quinta-feira, com um dos seus dirigentes a afirmar que a equipa “nacional” não esteve em campo, numa alusão ao facto da selecção ter alguns jogadores negros.

Num tweet colocado em linha poucos minutos após a derrota da Alemanha frente à França, Beatrix von Storch, porta-voz adjunto do partido, escreveu: “Pode ser que da próxima vez seja de novo a EQUIPA NACIONAL a jogar.”

Já durante a realização do Euro 2016, o partido, que é muito crítico em relação ao número recorde de migrantes que têm entrado na Alemanha, criticou a utilização de jogadores de origem estrangeira na equipa.

O vice-presidente do partido, Alexander Gauland, chocou a opinião publica do país ao afirmar que “as pessoas apreciam o defesa Jérome Boateng como jogador, mas não o queriam como vizinho”. O pai de Boateng é de origem ganesa.

Este mesmo dirigente afirmou ainda que a selecção “há muito tempo que não é alemã”. Estes comentários têm sido muito criticados por dirigentes de outros partidos.

Na manhã desta sexta-feira, a AfD, retirou o tweet de Beatrix von Storch, colocando uma mensagem no Facebook a afirmar que “apoia todos os jogadores” e a criticar os meios comunicação social “politicamente correctos” que “criaram a polémica” com o texto do Twitter.