Um a um, os melhores e piores de Portugal

Avaliação individual dos jogadores portugueses no jogo frente à Hungria, com nota de zero a dez.

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A equipa portuguesa que defrontou a Hungria Francisco Leong/AFP

Rui Patrício (Nota 6 em dez)

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Rui Patrício (Nota 6 em dez)

Foi traído pela inesperada fragilidade da defesa portuguesa e pelas leis da física. Dois dos golos que sofreu foram bolas que foram desviadas do seu curso normal por colegas de equipa e às quais não conseguiria chegar. Ainda assim, fez um par de boas defesas na primeira parte a situações de golo iminente, evitando mais apuros à selecção portuguesa e confirmando o bom Europeu que está a fazer.
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Vieirinha (5)

Apesar de algumas boas iniciativas ofensivas, especialmente na segunda parte, voltou a não ser muito feliz no capítulo defensivo. A defesa está a falhar e o lateral-direito do Wolfsburgo está a ser um dos elos mais fracos.
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Ricardo Carvalho (5)

Tem a experiência que a idade lhe dá, mas os seus 38 anos também significam falta de velocidade em vários momentos. Há alturas em que a capacidade de leitura e antecipação não deram para tudo e, num lance em especial, o central do Mónaco, simplesmente, não teve pernas para acompanhar o avançado húngaro. Também lhe faltou alguma capacidade de reacção na hora de atrapalhar os remates adversários à entrada da área portuguesa.
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Pepe (6)

O menos mau da defesa portuguesa, com um par de intercepções importantes e algumas iniciativas ofensivas, mas também se deixou ultrapassar numa jogada perigosa que podia ter feito estragos.
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Eliseu (5)

Ganhou o lugar graças à indisponibilidade de Raphael Guerreiro, mas, pelo que fez frente à Hungria, só irá manter-se no “onze” se o lateral-esquerdo do Borussia Dortmund continuar com problemas físicos. Não tem a velocidade de Guerreiro (que tem sido um dos melhores) e, por isso, o benfiquista tem de ser mais selectivo a dosear o esforço, o que tirou algum ímpeto atacante à selecção.
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William Carvalho (5)

Depois de uma grande exibição frente à Áustria, o médio do Sporting esteve bastante desastrado, não tanto no acerto do passe, mas perdendo várias bolas no meio-campo e com algum défice no posicionamento quando era preciso impedir que os húngaros rematassem de fora da área. Tal como os companheiros de sector, melhorou na segunda parte e contribuiu para o esforço colectivo dos últimos minutos.
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João Moutinho (4)

Mais uma vez titular no meio-campo de Portugal, não escapou à regra das suas exibições neste Europeu, pouco eficaz a circular a bola no ataque (e nas bolas paradas) e sem a dinâmica que costumava ter e que o fazia cobrir mais metros quadrados de terreno do que qualquer outro. Desta vez, Fernando Santos percebeu a falta de pilhas do médio do Mónaco e tirou-o de campo ao intervalo. Está a pedir banco.
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João Mário (7)

Depois de um jogo no banco, voltou à titularidade, pareceu bastante activo nos primeiros minutos, mas andou perdido durante quase toda a primeira parte, tal como toda a equipa. Mas a mudança que Fernando Santos fez ao intervalo (Sanches por Moutinho) beneficiou muito o médio do Sporting, que se libertou mais para o flanco e passou a ser parte bem activa no ataque. Foi dele o cruzamento para o magistral golo de calcanhar de Ronaldo e esteve nos melhores momentos de Portugal na segunda parte.
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André Gomes (5)

Esteve em dúvida até ao início do jogo e percebeu-se porquê com o decorrer do jogo. Um remate sem grande perigo foi a sua contribuição mais relevante do jogo. De resto, foi pouco presente no ataque e também não fechou defensivamente naquela que foi a sua pior exibição até ao momento. Foi o segundo sacrificado quando era preciso não perder e a equipa marcou logo.
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Cristiano Ronaldo (8)

Muito antes do jogo começar, Cristiano Ronaldo já tinha entrado com estrondo no ciclo noticioso graças ao “caso do microfone", e esse episódio, pensava-se, podia ser um indicador alarmante do estado de espírito do capitão português. Na parte inicial do jogo, Ronaldo pareceu sucumbir a um peso insuportável para ele, a tentar livres-directos de todo o lado, sem pensar duas vezes na distância para a baliza ou em que lado estava. Mas, depois, foi ele que resgatou três vezes a equipa do buraco. Primeiro num passe perfeito para Nani fazer o primeiro, depois com golos, um de cabeça e um de calcanhar. Ao terceiro jogo deste Europeu, Ronaldo apareceu, bateu mais um par de recordes – é o primeiro jogador a marcar em quatro Euros consecutivos e é quem tem mais jogos (17) em fases finais do torneio, ultrapassando Thuram e Van der Saar - e levou a selecção portuguesa aos “oitavos”. Mas os livres é que não podem ser de qualquer maneira, nem de qualquer lado.
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Nani (7)

Teve influência nas duas balizas. Foi sempre dos mais mexidos na fase inicial, mas foi de um mau alívio seu em bola parada defensiva que resultou o primeiro golo da Hungria. Ainda antes do intervalo, redimiu-se com uma desmarcação perfeita e um golo após passe de Ronaldo, o seu segundo neste Europeu. Voltou a contribuir de forma involuntária para o terceiro dos húngaros, desviando um remate e enganando Patrício. Saiu a dez minutos do fim quando Fernando Santos entendeu que era melhor segurar o empate.
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Renato Sanches (6)

Pode não ter a segurança no passe de Moutinho e nem sempre doseia o seu esforço da melhor maneira, mas entrou com energia e muita vontade de empurrar a equipa para a frente. A verdade e que contagiou quem estava em campo e Portugal passou a atacar melhor. Perante o menor rendimento de outros elementos do meio-campo talvez não seja má ideia Fernando Santos entregar-lhe a titularidade.
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Ricardo Quaresma (7)

Entrou aos 61’ e, aos 62’, fez um cruzamento para golo na primeira vez em que tocou na bola. A sua influência no jogo relança a eterna questão: em que condição Quaresma rende mais, como titular ou como suplente? Seja como for, o homem do Besiktas terá sempre de ser tido em consideração. Em circunstâncias difíceis, Quaresma quer sempre ter a bola e resolver. É bom ter alguém assim disponível.
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Danilo Pereira (5)

Não houve outro propósito para a sua entrada, que não tenha sido defender. E foi o que fez, sem grandes problemas, até porque a Hungria também não insistiu muito.
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