Arquitectura: portugueses entre finalistas do prémio BSI Swiss

São 28 os finalistas e há dois atelieres portugueses entre eles. Resultados de um dos mais prestigiados prémios de arquitectura internacional são conhecidos a 22 de Setembro

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O atelier SAMI, de Inês Vieira da Silva e Miguel Vieira, e o gabinete da arquitecta Inês Lobo estão entre os finalistas do prémio internacional de arquitectura BSI Swiss, que de dois em dois anos destaca arquitectos de todo o mundo com menos de 50 anos e cujas obras contribuam "para o debate arquitectónico contemporâneo" e mostrem "uma sensibilidade especial à paisagem e contexto ambiental".

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O atelier SAMI, de Inês Vieira da Silva e Miguel Vieira, e o gabinete da arquitecta Inês Lobo estão entre os finalistas do prémio internacional de arquitectura BSI Swiss, que de dois em dois anos destaca arquitectos de todo o mundo com menos de 50 anos e cujas obras contribuam "para o debate arquitectónico contemporâneo" e mostrem "uma sensibilidade especial à paisagem e contexto ambiental".

O júri do BSI Swiss, já reconhecido como um dos mais prestigiados a nível internacional, é presidido por Mario Botta, da Suíça, e vai entregar um prémio de 100 mil francos suíços. No dia 22 de Setembro é conhecido o vencedor e inaugura-se uma exposição com todos os trabalhos finalistas na Accademia di Architettura, na Suíça, que permanecerá aberta até 23 de Outubro.

O atelier SAMI, fundado em 2005 em Setúbal, tem coleccionado algumas distinções e prémios. Em 2007, a dupla Inês Vieira da Silva e Miguel Vieira foi integrada na "short list" de 100 jovens arquitectos mundiais, recomendada por Herzog & de Meuron para o projecto Villa Ordos100 na Mongólia Interior, República Popular da China. Mais tarde, em 2011, foram seleccionados para a Wallpaper Architects Directory 2011, entre os 20 jovens arquitectos mais promissores a nível internacional. Em 2014, integraram a Representação Oficial Portuguesa na 14.ª Mostra Internacional de Arquitectura, La Biennale di Venezia, foram finalistas dos prémios FAD e, recentemente, representaram Portugal, juntamente com outros três projectos, na bienal ibero-americana. Uma das últimas obras do atelier em destaque é a "E/C House", uma habitação desenhada a partir da ruína de uma antiga casa na ilha do Pico

Inês Lobo, formada na Escola Superior de Belas Artes em 1989, abriu o seu atelier em 2002. Conta com uma respeitosa lista de distinções, já deu aulas, é convidada regular de seminários e conferências internacionais e nos últimos anos tem-se dedicado à curadoria de exposições de arquitectura, tendo assumido a responsabilidade da representação portuguesa na Bienal de Veneza em 2012. Foi premiada em 1999 com a Ordem de Mérito pelo Presidente da República, com o prémio "Mulheres criadoras de Cultura" em 2013, e com a distinção internacional ArcVision — Mulheres e Arquitectura no ano seguinte, como o P3 noticiou. Entre as muitas obras da arquitecta destacam-se, por exemplo, o Corpo de Anfiteatros do Campus Universitário da Universidade dos Açores, a Antiga Fábrica dos Leões — Complexo de Artes e Arquitectura e a Escola Secundária Dr. Joaquim de Carvalho.