Quase todos os seleccionadores do Euro treinam “em casa”

Apenas cinco equipas não são orientadas por técnicos dos próprios países. O inglês Roy Hodgson é o mais velho e o mais bem pago dos que estão no torneio. A média de idades é de 56,8 anos.

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Roy Hodgson vai tentar levar a Inglaterra ao seu primeiro título europeu PAUL ELLIS/AFP

Defrontam-se esta noite, em Marselha (20h), o mais velho e o mais novo dos seleccionadores presentes no Euro 2016. Com 68 anos, o inglês Roy Hodgson é o decano da prova e terá pela frente o russo Leonid Slutsky, o benjamim do torneio, com 45 anos. Orientam as respectivas equipas nacionais, como a esmagadora maioria dos seus colegas presentes em França. A média de idades dos 24 técnicos é de 56,8 anos.

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Defrontam-se esta noite, em Marselha (20h), o mais velho e o mais novo dos seleccionadores presentes no Euro 2016. Com 68 anos, o inglês Roy Hodgson é o decano da prova e terá pela frente o russo Leonid Slutsky, o benjamim do torneio, com 45 anos. Orientam as respectivas equipas nacionais, como a esmagadora maioria dos seus colegas presentes em França. A média de idades dos 24 técnicos é de 56,8 anos.

São apenas cinco as selecções que não são orientadas por técnicos “caseiros”, entre elas as três que integram o grupo de Portugal. A Áustria é treinada pelo suíço Marcel Koller, desde Outubro de 2011; a Hungria pelo alemão Bernd Storck, que assumiu o cargo em Julho de 2015; a Islândia pelo sueco Lars Lagerback, que começou a revolucionar a equipa insular em Outubro de 2011. Apesar de tudo, o caso da Islândia é mais particular, já que a equipa tem oficialmente dois técnicos, desde a promoção do islandês Heimir Hallgrímsson, que ficará sozinho à frente da equipa no final do Euro, com a saída anunciada de Lagerback.

Também a Albânia conta com um seleccionador estrangeiro, no caso o italiano Giovanni De Biasi, assim como a República da Irlanda, ainda que parcialmente, já que é orientada pelo norte-irlandês Martin O’Neill. Todas as restantes 19 equipas apostaram em técnicos locais, ainda que a Suíça seja treinada por Vladimir Petkovic, um croata nascido na Bósnia-Herzegovina, mas com nacionalidade suíça.

Em termos de antiguidade no cargo, ninguém supera o alemão Joachim Löw, de 56 anos, à frente da selecção germânica. O técnico assumiu a formação nacional em Julho de 2006 (depois de dois anos como adjunto), completando uma década nestas funções em França. A conquista do Mundial de 2014, no Brasil, foi o seu maior sucesso e surge no Euro com ambições ao triunfo na final de Paris de dia 10 de Julho. Nas duas últimas edições do Euro, levou a Alemanha à final de 2008 (derrotada pela Espanha, por 1-0) e foi eliminado nas meias-finais de 2012 (2-1, frente à Itália).

Grande longevidade no cargo, tem também Vicente del Bosque, de 65 anos, que orienta a Espanha desde Julho de 2008 e chega ao torneio francês com o estatuto de campeão europeu, conquistado na edição de 2012, disputada na Polónia e Ucrânia, ao bater na final a Itália com uma goleada, por 4-0. Com dois títulos consecutivos, a "roja" parte para esta competição com legítimas aspirações à conquista de um inédito tricampeonato (seria o quarto do seu historial). Erik Hamrén, de 58 anos, tem igualmente uma longa experiência à frente da Suécia, onde se estreou em Novembro de 2009.

Entre os mais recentes seleccionadores em funções, contam-se o croata Ante Cacic, de 62 anos, que rendeu o seu compatriota Niko Kovac, demitido face a alguns maus resultados do conjunto balcânico na fase de qualificação, já em Setembro de 2015. Pelos mesmos motivos, também Leonid Slutsky foi chamado pela federação russa para render o italiano Fabio Capello, em Agosto de 2015, ainda a tempo de garantir o apuramento do país que irá receber o Mundial de 2018. E um mês antes, o alemão Bernd Storck substituiu o húngaro Pál Dárdai (que foi treinar o Hertha de Berlim) no comando da formação magiar, a tempo de levar esta selecção a uma histórica qualificação para uma fase final de um grande torneio internacional, de onde estava afastada há três décadas.

Hodgson é o mais bem pago

A idade é um posto e no caso do decano Roy Hodgson isso traduz-se também na folha salarial. O seleccionador inglês é o mais bem pago de todos aqueles que estarão no Euro 2016, com um vencimento anual de cinco milhões de euros, segundo dados revelados pelo site Finance Football, especializado em assuntos financeiros e económicos relacionados com o mundo do futebol. O italiano Antonio Conte, com um rendimento de 4,6 milhões de euros, e o turco Fatih Terim, com 3,5 milhões, completam o pódio.

No "top-10", está também o português Fernando Santos, que ocupa o oitavo posto, com um salário de 1,2 milhões de euros. À frente do seleccionador nacional estão ainda o alemão Joachim Löw (3,2ME), o espanhol Vicente del Bosque (3ME), o francês Didier Deschamps (2ME) e o austríaco Marcel Koller (1,5ME). No último lugar da tabela, está o romeno Anghel Iordanescu, com modestos 120 mil euros anuais, não sendo conhecidos os dados sobre as folhas salariais do russo Leonid Slutsky e do alemão Bernd Storck (Hungria).