Uma segunda volta à antiga

O Benfica despertou para o título graças a um avassalador segundo ciclo de 17 jornadas, que incluiu nada menos que 16 vitórias.

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Pizzi foi um dos elementos decisivos para a reviravolta na Liga Patrícia de Melo Moreira/AFP

Nem Jimmy Hagan, nem John Mortimore, nem Sven-Goran Eriksson. Nenhum deles conseguiu uma segunda volta melhor do que a alcançada pelo Benfica de Rui Vitória. Mesmo em caso de desaire dos “encarnados” no jogo deste domingo, frente ao Nacional, o tricampeão teria igualado os melhores registos da história do clube na competição. Com o 4-1 final, conseguiu superá-los.

Uma das épocas emblemáticas do Benfica, tida como aquela em que o domínio no campeonato foi mais avassalador, foi a terceira de Jimmy Hagan no Estádio da Luz. Em 1972-73, o britânico conduziu os “encarnados” a 23 triunfos consecutivos, mas nem essa temporada de excepção conseguiu bater o actual registo das “águias”. Na segunda volta, o Benfica de então registou 13 vitórias e dois empates (FC Porto e Atlético), acabando por conquistar o troféu com 18 pontos de avanço sobre o Belenenses.

Idêntico registo foi alcançado quatro épocas mais tarde, já com John Mortimore, outro técnico inglês, aos comandos. Em 1976-77, foi a vez de o Belenenses e o V. Guimarães imporem aos “encarnados” os dois únicos empates de uma segunda metade de campeonato povoada por 13 triunfos. Tudo somado resultou em mais um título obtido de forma relativamente confortável, a nove pontos do Sporting.

Nesta contabilidade, que leva em linha de conta apenas os campeonatos com um mínimo de 30 jornadas, há ainda espaço para a segunda vida de Eriksson em Lisboa. Esse título de 1990-91 foi também conquistado à custa de uma segunda volta com 17 vitórias e dois empates, um deles surpreendente, imposto pelo Penafiel na 22.ª ronda, o outro no derby com o Sporting, na Luz.

Com o resultado alcançado na Madeira, frente ao Marítimo, na penúltima jornada, Rui Vitória já havia conseguido emular o feito destes três antigos treinadores do clube, passando o Benfica a somar 15 vitórias e uma derrota, averbada no clássico com o FC Porto (0-1). Ao imporem-se aos insulares, os “encarnados” estendiam também para 11 a série de triunfos nesta temporada, de longe a melhor sequência da época (a anterior tinha sido de oito partidas seguidas).

As baterias ficavam, pois, apontadas para a derradeira ronda do campeonato, com a deslocação do Nacional ao Estádio da Luz. Com este triunfo decisivo, não só Rui Vitória oficializou a melhor segunda volta de sempre do clube (a avaliar pela percentagem de triunfos), como ultrapassou a marca de Jorge Jesus no que às vitórias consecutivas diz respeito: o ex-técnico conseguiu um total de 11 triunfos seguidos, o actual estendeu esse número para 12. 

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Nem Jimmy Hagan, nem John Mortimore, nem Sven-Goran Eriksson. Nenhum deles conseguiu uma segunda volta melhor do que a alcançada pelo Benfica de Rui Vitória. Mesmo em caso de desaire dos “encarnados” no jogo deste domingo, frente ao Nacional, o tricampeão teria igualado os melhores registos da história do clube na competição. Com o 4-1 final, conseguiu superá-los.

Uma das épocas emblemáticas do Benfica, tida como aquela em que o domínio no campeonato foi mais avassalador, foi a terceira de Jimmy Hagan no Estádio da Luz. Em 1972-73, o britânico conduziu os “encarnados” a 23 triunfos consecutivos, mas nem essa temporada de excepção conseguiu bater o actual registo das “águias”. Na segunda volta, o Benfica de então registou 13 vitórias e dois empates (FC Porto e Atlético), acabando por conquistar o troféu com 18 pontos de avanço sobre o Belenenses.

Idêntico registo foi alcançado quatro épocas mais tarde, já com John Mortimore, outro técnico inglês, aos comandos. Em 1976-77, foi a vez de o Belenenses e o V. Guimarães imporem aos “encarnados” os dois únicos empates de uma segunda metade de campeonato povoada por 13 triunfos. Tudo somado resultou em mais um título obtido de forma relativamente confortável, a nove pontos do Sporting.

Nesta contabilidade, que leva em linha de conta apenas os campeonatos com um mínimo de 30 jornadas, há ainda espaço para a segunda vida de Eriksson em Lisboa. Esse título de 1990-91 foi também conquistado à custa de uma segunda volta com 17 vitórias e dois empates, um deles surpreendente, imposto pelo Penafiel na 22.ª ronda, o outro no derby com o Sporting, na Luz.

Com o resultado alcançado na Madeira, frente ao Marítimo, na penúltima jornada, Rui Vitória já havia conseguido emular o feito destes três antigos treinadores do clube, passando o Benfica a somar 15 vitórias e uma derrota, averbada no clássico com o FC Porto (0-1). Ao imporem-se aos insulares, os “encarnados” estendiam também para 11 a série de triunfos nesta temporada, de longe a melhor sequência da época (a anterior tinha sido de oito partidas seguidas).

As baterias ficavam, pois, apontadas para a derradeira ronda do campeonato, com a deslocação do Nacional ao Estádio da Luz. Com este triunfo decisivo, não só Rui Vitória oficializou a melhor segunda volta de sempre do clube (a avaliar pela percentagem de triunfos), como ultrapassou a marca de Jorge Jesus no que às vitórias consecutivas diz respeito: o ex-técnico conseguiu um total de 11 triunfos seguidos, o actual estendeu esse número para 12. 

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