Apple anuncia descida inédita das vendas de iPhone

Foto
As vendas de iPhones caíram pela primeira vez REUTERS/Michaela Rehle

A Apple anunciou na terça-feira à noite a primeira descida nas vendas trimestrais do seu aparelho vedeta, o iPhone, desde que foi lançado em 2007, e uma baixa inédita em 13 anos do volume de negócios.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A Apple anunciou na terça-feira à noite a primeira descida nas vendas trimestrais do seu aparelho vedeta, o iPhone, desde que foi lançado em 2007, e uma baixa inédita em 13 anos do volume de negócios.

Este grupo tecnológico norte-americano escoou 51,19 milhões de aparelhos no segundo trimestre do seu exercício (Janeiro-Março), menos 16% do que no mesmo período do ano anterior, quando vendeu 61,17 milhões.

O recuo das vendas do iPhone era esperado. O próprio director-geral da Apple, Tim Cook, tinha-o previsto em Janeiro.

Porém, também é acompanhado por resultados financeiros decepcionantes, uma vez que o lucro baixou 22%, para 10,5 mil milhões de dólares (9,3 mil milhões de euros).

O próprio volume de negócios baixou 13%, para 50,6 mil milhões de dólares, o que, salientou Charlie Bilello, analista na Pension Partners, nunca tinha ocorrido desde o primeiro trimestre de 2003.

E a situação não parece melhorar no trimestre em curso, já que o grupo prevê uma facturação entre 41 mil milhões e 43 mil milhões de dólares, abaixo dos 47 mil milhões que os analistas antecipavam até agora.

A consequência da divulgação destes resultados e destas perspetivas estava a provocar, às 22h de Lisboa, uma queda nas acções de 7% nas trocas electrónicas feitas depois do fecho da praça nova-iorquina.

A diminuição das vendas do iPhone, somada ao declínio que se confirma para o iPad (menos 19% em termos anuais, para 10,25 milhões de unidades), mostra a importância da diversificação para o grupo, o que está a procurar fazer com o Apple Watch, a sua primeira categoria de produto depois do iPad, bem como pelo novo destaque dado aos serviços (Apple Pay, Apple Music). Há ainda muita especulação sobre projectos na área automóvel.