Mercado livre de electricidade já tem 4,38 milhões de clientes

Entre os clientes domésticos, ainda há 29% que estão no mercado regulado.

Foto
Dos clientes em mercado livre, 98,8% são domésticos Rita Franca

Com a entrada para o mercado liberalizado de electricidade de 67,6 mil clientes no último mês de 2015, o mercado livre terminou o ano passado com 4,37 milhões de clientes. Num ano, este universo aumentou 23%, a uma taxa média mensal de 1,7%, segundo as estatísticas publicadas nesta quinta-feira pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Com a entrada para o mercado liberalizado de electricidade de 67,6 mil clientes no último mês de 2015, o mercado livre terminou o ano passado com 4,37 milhões de clientes. Num ano, este universo aumentou 23%, a uma taxa média mensal de 1,7%, segundo as estatísticas publicadas nesta quinta-feira pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).

No mercado regulado estavam em Dezembro “pouco mais de 1,7 milhões de clientes face aos mais de 6 milhões de clientes existentes no país”. No Continente, 72% dos clientes estão no mercado livre, que em Dezembro representava perto de 90% do consumo total.

Segundo a ERSE, dos 67.647 clientes que entraram no mercado livre em Dezembro, 51.099 transitaram do mercado regulado e outros 16.548 entraram directamente para as carteiras de comercializadores em regime de mercado. Como terminaram contrato cerca de 11,2 mil clientes sem terem celebrado um novo contrato, o crescimento líquido em relação a Novembro rondou os 56 mil clientes.

Dos clientes em mercado livre, 98,8% são clientes domésticos. No entanto, apesar de o número estar a aumentar, só cerca de 71% dos clientes deste segmento é que passaram para o mercado liberalizado. O consumo destes clientes em mercado livre “está já nos 76% do total do segmento (cerca de 62% em Dezembro de 2014) com um crescimento sustentado desde o final de 2012”.

Entre os pequenos negócios, por exemplo, “92% dos clientes são fornecidos por um comercializador em regime de mercado, representando o seu consumo 94% do consumo global deste segmento”. A ERSE adianta ainda que “praticamente a totalidade dos consumos de grandes consumidores está já no mercado livre”.

A síntese publicada pelo regulador do mostra que a EDP Comercial “manteve a sua posição como principal operador no mercado livre, tendo, contudo, perdido 0,8 pontos percentuais em termos de consumo para os 42,9%”, mantendo “sensivelmente a mesma quota em número de clientes (84,8%)”.

A Galp está em segundo lugar em quota de clientes, com uma fatia de 6,1%, seguindo-se a Endesa com 4%. No entanto, em termos de quota de consumo, é a Endesa quem ocupa o segundo lugar, com uma percentagem de 17,9%. A operadora também perdeu 0,8 pontos percentuais em relação a Novembro. A Endesa lidera entre os clientes industriais (com uma quota de 27,7%), mas perdeu a liderança no segmento de grandes consumidores para a Iberdrola, que tem consigo 25,6% destes clientes.

Quem estiver a ser fornecido no mercado regulado (através de um comercializador de último recurso) tem até 31 de Dezembro de 2017 para escolher um fornecedor de electricidade no mercado livre.