Viva a Microsoft

Foi o primeiro Word que comprei e não estou arrependido.

Estou a escrever esta crónica no mais recente Microsoft Word for Mac. Se estiver a lê-la é porque se saiu lindamente.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Estou a escrever esta crónica no mais recente Microsoft Word for Mac. Se estiver a lê-la é porque se saiu lindamente.

Assinei-o ontem por 7 euros por mês. Não parece muito até se perceber que serão 7 euros (ou mais) até terminar a minha vida.

Foi o primeiro Word que comprei e não estou arrependido. Custar-me-á 820 euros por década mas vale a pena. O dinheiro que custou não está, de modo nenhum, a dar-me volta ao miolo. Pois não.

Vale a pena porque é o primeiro Word que consegui comprar. Todos os outros Words que tive “vieram” com os computadores que comprei. Ou seja: foram copiados, sem serem pagos, antes de eu poder ter voto na matéria.

Fosse eu um santo e teria apagado esses Words para comprar os Words para Mac de que precisava. Mas eu não sou um santo e os não-santos, quando os crimes já foram cometidos, não só viram as costas mas reavaliam os crimes como não sendo tão maus como muitas coisas horríveis, das quais há muitas.

Bill e Melinda Gates revelaram, entretanto, que são santos que vão salvando parte da população mundial com cada dia que passa, enquanto Steve Jobs foi injustamente retratado em livros e filmes como um mero ser humano.

A Apple, desde que Jobs morreu, deixou de ser absolutamente perfeita. Mas mesmo no tempo de Jobs nunca conseguiu arranjar um processador de texto tão bom como o Word. Se calhar porque tinha coisas melhores – como iMacs, iPhones e iPads – para fazer.

Seja como for: o Word não é bom mas é o menos mau.