All Blacks, pois claro
Apesar da pequena diferença final de dois pontos, a Nova Zelândia venceu, de forma justa, a primeira meia-final do Mundial 2015
Com toda a justiça, os All Blacks são os primeiros finalistas do Mundial 2015. Como se esperava, o duelo entre a Nova Zelândia e a África do Sul foi intenso e discutido até à “bola de jogo”, mas o triunfo neozelandês, por 20-18, é justíssimo. Com mais erros ofensivos do que é habitual, os campeões do Mundo estiveram muito bem defensivamente, não permitindo que os Springboks ganhassem superioridade através da força do seu pack. Os All Blacks ficam agora a apenas 80 minutos de venceram o primeiro Mundial fora de casa e de tornarem-se na primeira selecção a alcançar o tri, mas para isso terão que derrotar, no próximo sábado, em Twickenham, o vencedor do Argentina-Austrália, que se vai disputar na tarde deste domingo.
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Com toda a justiça, os All Blacks são os primeiros finalistas do Mundial 2015. Como se esperava, o duelo entre a Nova Zelândia e a África do Sul foi intenso e discutido até à “bola de jogo”, mas o triunfo neozelandês, por 20-18, é justíssimo. Com mais erros ofensivos do que é habitual, os campeões do Mundo estiveram muito bem defensivamente, não permitindo que os Springboks ganhassem superioridade através da força do seu pack. Os All Blacks ficam agora a apenas 80 minutos de venceram o primeiro Mundial fora de casa e de tornarem-se na primeira selecção a alcançar o tri, mas para isso terão que derrotar, no próximo sábado, em Twickenham, o vencedor do Argentina-Austrália, que se vai disputar na tarde deste domingo.
Disputado num clima very british – a chuva foi presença constante em Londres -, o encontro começou de forma veloz, com as All Blacks e Springboks a colocaram em campo o seu estilo de jogo característico: os neozelandeses privilegiaram sempre o jogo aberto e criativo; os sul-africanos procuraram sempre o contacto físico.
A África do Sul foi a primeira a pontuar, gentileza do “relógio suíço” Handre Pollard, mas os três pontos de vantagem dos Springboks duraram pouco: aos 6’, Richie McCaw assistiu Jerome Kaino e o segunda-linha, depois de fugir à placagem de Lood de Jager, fez o seu 6.º ensaio em Campeonatos do Mundo, igualando o escocês John Jeffrey e o sul-africano Danie Rossouw, ambos já retirados, como o avançado com mais toques de meta na competição.
Mesmo dominados territorialmente, a equipa de Heyneke Meyer acabou por conseguir regressar ao comando, aproveitando três penalidades que o jovem abertura Pollard não desperdiçou.
A perder por 12-7, os All Blacks regressaram para a segunda parte mais concentrados e precisaram de poucos segundos para reduzir a desvantagem, com um drop de Dan Carter (12-10). Com supremacia nos alinhamentos – quatro roubos de bola – e nove turnovers, a Nova Zelândia foi anulando todas as iniciativas da África do Sul e, aos 52’, Beauden Barrett, que tinha substituído três minutos antes Milner-Skudder, fez na ponta o segundo ensaio neozelandês (12-17).
Na frente do marcador, os All Blacks mostram então uma sobriedade que não tinham até há meia dúzia de anos e, de forma inteligente, nunca deixaram que a África do Sul conseguisse provocar desequilíbrios na defesa neozelandesa. Mérito do acerto da selecção do Pacífico – apenas três placagens falhadas durante todo o jogo.
Números do África do Sul-Nova Zelândia (18-20)
Ensaios:
África do Sul – 0
Nova Zelândia – 2 (Kaino, 6’; Barrett, 52’)
Penalidades convertidas:
África do Sul – 6
Nova Zelândia – 1
Pontapés de ressalto:
África do Sul – 0
Nova Zelândia – 1
Posse de bola:
África do Sul – 43%
Nova Zelândia – 57%
Ocupação de terreno:
África do Sul – 33%
Nova Zelândia – 67%
Metros percorridos:
África do Sul – 398
Nova Zelândia – 146
Placagens realizadas:
África do Sul – 116
Nova Zelândia – 84
Placagens falhadas:
África do Sul – 19
Nova Zelândia – 3
Formações ordenadas a favor:
África do Sul – 0 ganhas, 0 perdidas
Nova Zelândia – 4 ganhas, 1 perdida
Alinhamentos conquistados ao adversário:
África do Sul – 0
Nova Zelândia – 4
Penalidades concedidas:
África do Sul – 6
Nova Zelândia – 13