Jales já foi chão que deu ouro

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AFP/HO/PLACER DOME

O ciclo económico de vida de uma exploração mineira é muito diferente de todas as outras actividades. Em primeiro lugar, por causa do desconhecimento inicial relativo à existência do minério necessário para uma exploração rentável economicamente.  Em segundo, devido ao avultado investimento que é necessário, não só para os estudos de prospecção e de pré-viabilidade, mas também para os trabalhos de construção da própria mina. Em terceiro lugar, pelo facto do minério ser comercializado em bolsa, o que significa que os preços são ditados não pelo produtor, mas sim pelo consumidor. 

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O ciclo económico de vida de uma exploração mineira é muito diferente de todas as outras actividades. Em primeiro lugar, por causa do desconhecimento inicial relativo à existência do minério necessário para uma exploração rentável economicamente.  Em segundo, devido ao avultado investimento que é necessário, não só para os estudos de prospecção e de pré-viabilidade, mas também para os trabalhos de construção da própria mina. Em terceiro lugar, pelo facto do minério ser comercializado em bolsa, o que significa que os preços são ditados não pelo produtor, mas sim pelo consumidor. 

A fase crítica do projecto mineiro costuma acontecer na procura de financiamento, já depois de identificado o potencial da mina. No caso das minas de Jales, aconteceu bem antes disso, com as perspectivas de entrada na fase industrial (e de construção da mina e a sua exploração, propriamente dita, altura em que costumam entrar no processo as grandes multinacionais) ainda muito longe no horizonte. Mas nas pequenas aldeias do concelho de Vila Pouca de Aguiar são muitos os que ainda acreditam que vão voltar a ver sair dali muitos quilos de ouro. E esta é uma fé interessada, até porque o município conseguiu garantir, como contrapartida, 2,5% dos lucros líquidos na fase de exploração definitiva das minas de Jales/Gralheira.