Regresso do país real

É a radiografia de problemas e faltas feita de viva voz de quem sofre.

Não é de agora que se estabeleceu uma fronteira entre a semântica política e a linguagem das necessidades nacionais. Quando os políticos entraram em círculo fechado de argumentos, alguém destacou a existência de um país à margem.

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Não é de agora que se estabeleceu uma fronteira entre a semântica política e a linguagem das necessidades nacionais. Quando os políticos entraram em círculo fechado de argumentos, alguém destacou a existência de um país à margem.

É bem verdade que a contraposição serviu, apenas, para justificar a montagem de novos aparelhos partidários. Uma vez erguida a estrutura, o discurso continuou enredado no afastamento da realidade.

“Se eu mandasse” é uma rubrica do Jornal da Campanha da SIC Notícias que, de terra em terra, dá a voz aos cidadãos. As palavras destes protagonistas redigem um cardápio diferente do contentamento de quem governa ou das promessas dos pretendentes ao poder.

Mais reformas e emprego, apoio aos idosos, turmas mais pequenas, melhor saúde e defesa do interior da desertificação de estruturas foi a ementa dos cidadãos de Vila Real e Leiria na madrugada de domingo. É uma radiografia de problemas e faltas feita de viva voz de quem sofre. Com conhecimento de experiência feito.

A genuinidade deste regresso do país real é bem mais importante do que os pequenos episódios a que as televisões dedicam o melhor de si. Para nosso mal.