Japão consegue o impensável

Com uma exibição sensacional, os Brave Blossoms alcançaram uma das maiores surpresas de sempre em Mundiais ao bateram os Springboks

Para quem duvidava que a África do Sul atravessava uma grave crise, a estreia no Mundial 2015 dissipou qualquer dúvida, mas apesar do péssimo momento dos Springboks, seria uma tremenda injustiça desvalorizar a proeza colossal alcançada pelo Japão, neste sábado, em Brighton. Com uma exibição repleta de garra, inteligência e bravura, os Brave Blossoms foram melhores do que os sul-africanos e, com inteira justiça, venceram por 34-32, alcançando uma das maiores surpresas de sempre em Mundiais.

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Para quem duvidava que a África do Sul atravessava uma grave crise, a estreia no Mundial 2015 dissipou qualquer dúvida, mas apesar do péssimo momento dos Springboks, seria uma tremenda injustiça desvalorizar a proeza colossal alcançada pelo Japão, neste sábado, em Brighton. Com uma exibição repleta de garra, inteligência e bravura, os Brave Blossoms foram melhores do que os sul-africanos e, com inteira justiça, venceram por 34-32, alcançando uma das maiores surpresas de sempre em Mundiais.

 

A melhor maneira de descrever o triunfo épico do Japão é começar pelo fim: a pouco mais de 30 segundos do final, a perder por 32-29, os nipónicos tiveram a possibilidade de empatar a partida, através de uma penalidade, mas em vez de se contentaram com ogrande feito que seria empatar contra os bi-campeões do Mundo, arriscaram tudo na vitória. E conseguiram-no, com um ensaio na “bola de jogo”.

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Desde o primeiro minuto que ficou claro que a África do Sul tinha entrado na prova com a sua pior face. Apáticos, desorganizados e sem criatividade, os Springboks nunca conseguiram ter o ascendente esperado e, no final da primeira parte, o resultado registava um equilibrado 12-10.  

 

Muitos terão pensado que, apesar da má exibição sul-africana, o Japão acabaria por quebrar e, quando aos 49’ os Springboks passaram a vencer por 19-13, esse cenário ganhou força.

 

Porém, o Japão de Eddie Jones não cedeu. Aos 54’, os nipónicos marcaram o segundo ensaio, voltaram a empatar (19-19) e, a partir daí, o duelo entrou num ritmo de parada e resposta, até que à entrada do último minuto, a África do Sul ganhava por 32-29.

 

Sem nada a perder e fazendo justiça ao nome de Brave Blossoms, o Japão nos últimos segundos empurrou os todo-poderosos Springboks para dentro da sua área de 22 metros, esteve por várias vezes em cima da linha de ensaio, e quando beneficiou de uma penalidade, não teve medo e preferiu jogar para vencer. A ousadia, seria justamente recompensada e na “bola de jogo”, Karne Hesketh marcou o mais importante ensaio da história do râguebi japonês, deixando o râguebi sul-africano a precisar de um psicólogo.

 

Números do África do Sul-Japão (32-34)

 

Ensaios:

África do Sul – 4 (Louw, 18’; Bw du Plessis, 33’; de Jager, 44’; Strauss, 62’)

Japão – 3 (Leitch, 30’; Goromaru, 69’ e Hesketh, 85’)

 

Penalidades convertidas:

África do Sul – 2

Japão – 1

 

Posse de bola:

África do Sul – 55 %

Japão – 45 %

 

Ocupação de terreno:

África do Sul – 58 %

Japão – 42 %

 

Metros percorridos:

África do Sul – 435

Japão – 375

 

Placagens realizadas:

África do Sul – 107

Japão – 122

 

Placagens falhadas:

África do Sul – 16

Japão – 25

 

Formações ordenadas a favor:

África do Sul – 2 ganhas, 0 perdidas

Japão – 7 ganhas, 0 perdidas

 

Alinhamentos conquistados ao adversário:

África do Sul – 1

Japão – 0

 

Penalidades concedidas:

África do Sul – 12

Japão – 8