Novo Banco termina semestre com prejuízo de 251,9 milhões

Resultados antes de provisões seriam positivos em 17,7 milhões.

Foto
Miguel Manso

A obrigar o banco a reforçar as provisões esteve, entre outros, a desvalorização da participação na Pharol (antiga PT) e na Oi (55,4 milhões de euros). O rácio de provisões/crédito vencido há mais de 90 dias atingiu 113,7% e o rácio provisões/crédito em risco situou-se em 67,9% (excluindo colaterais) e o rácio provisões/crédito a clientes” é de 13,7%.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A obrigar o banco a reforçar as provisões esteve, entre outros, a desvalorização da participação na Pharol (antiga PT) e na Oi (55,4 milhões de euros). O rácio de provisões/crédito vencido há mais de 90 dias atingiu 113,7% e o rácio provisões/crédito em risco situou-se em 67,9% (excluindo colaterais) e o rácio provisões/crédito a clientes” é de 13,7%.

Num contexto “desafiante”, desde logo pelo processo de venda da instituição, o NB destaca que os depósitos registaram um acréscimo de 2,3 mil milhões de euros face ao final de 2014. Em relação ao seu início de actividade, a 4 de Agosto de 2014, o NB conseguiu captar depósitos de clientes no montante de 4,3 mil milhões de euros, registo que na perspectiva da instituição reflecte “a recuperação da confiança dos clientes, revertendo o ciclo de saídas tanto de particulares, como de empresas registadas até ao final do 3º trimestre de 2014”.

A informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) revela que o resultado financeiro e os serviços a clientes totalizaram 214,7 milhões de euros e 193,2 milhões de euros respectivamente, com o produto bancário comercial a situar-se em 407,9 milhões de euros. A margem financeira sofreu um impacto negativo, com a anulação contabilística de juros, provenientes na sua maioria de grandes operações contratadas antes da Resolução, no valor de 103 milhões de euros antes de impostos. O rácio de capital CET 1 era, em 30 de Junho 2015, de 9,4%, não reflectindo ainda a desconsolidação do BESI.