Uma conta de dividir que faz corar alguns

A Securities and Exchange Commission (SEC), o equivalente em Portugal à CMVM, vai obrigar as empresas americanas a publicar nos relatórios e contas um indicador que mede a diferença entre o que ganha o presidente e o salário mediano dos trabalhadores dessa mesma empresa. O regulador foi apanhado numa guerra entre democratas e republicanos, com os primeiros a considerar que o rácio é uma ferramenta útil para aferir a disparidade salarial, enquanto os segundos dizem que a SEC foi “sequestrada” por interesses sindicais e que a medida visa tão-só embaraçar os patrões. Segundo a Bloomberg, de 1978 a 2014, este indicador para as 350 maiores empresas americanas subiu de 30 vezes para mais 300 vezes – ou seja, um patrão ganha 300 vezes mais do que o trabalhador. Um valor exorbitante que não deveria provocar embaraço, mas sim reflexão. Daí a utilidade deste indicador.

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A Securities and Exchange Commission (SEC), o equivalente em Portugal à CMVM, vai obrigar as empresas americanas a publicar nos relatórios e contas um indicador que mede a diferença entre o que ganha o presidente e o salário mediano dos trabalhadores dessa mesma empresa. O regulador foi apanhado numa guerra entre democratas e republicanos, com os primeiros a considerar que o rácio é uma ferramenta útil para aferir a disparidade salarial, enquanto os segundos dizem que a SEC foi “sequestrada” por interesses sindicais e que a medida visa tão-só embaraçar os patrões. Segundo a Bloomberg, de 1978 a 2014, este indicador para as 350 maiores empresas americanas subiu de 30 vezes para mais 300 vezes – ou seja, um patrão ganha 300 vezes mais do que o trabalhador. Um valor exorbitante que não deveria provocar embaraço, mas sim reflexão. Daí a utilidade deste indicador.