Desta vez, foram os saltadores a brilhar

Meeting de Estocolmo da Liga de Diamante foi o último antes dos Mundiais de atletismo.

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Greg Rutherford impôs-se no comprimento Marcus Ericsson/Reuters

Com o tempo frio e algo ventoso, ainda custa a acreditar que certas marcas tenham sido obtidas. Os saltadores, em particular, mostraram-se em muito boa forma. O campeã olímpico e europeu do comprimento, o britânico Greg Rutherford, por exemplo, arrancou um salto de 8,34m ao segundo ensaio para vencer a competição, adiante do americano Marquis Dendy (8,09m), e confirmou que o único título que lhe falta, o mundial, poderá vir a ser seu dentro de um mês,

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Com o tempo frio e algo ventoso, ainda custa a acreditar que certas marcas tenham sido obtidas. Os saltadores, em particular, mostraram-se em muito boa forma. O campeã olímpico e europeu do comprimento, o britânico Greg Rutherford, por exemplo, arrancou um salto de 8,34m ao segundo ensaio para vencer a competição, adiante do americano Marquis Dendy (8,09m), e confirmou que o único título que lhe falta, o mundial, poderá vir a ser seu dentro de um mês,

Também à procura do primeiro título mundial está a saltadora com vara cubana Yarisley Silva, após medalhas de prata nesse certame e nos Jogos Olímpicos de 2012. Yarisley ganhou no passado fim- de-semana nos Jogos Pan-Americanos, no Canadá, fazendo a melhor marca mundial do ano com 4,85m, e nesta quinta-feira voltou a passar 4,81m, o que lhe deu a vitória. Na disputa estiveram outras grandes candidatas para Pequim, mas acabaram por ceder aos 4,81m. A grega Nikoleta Kiriakopoulou foi segunda com 4,76m, a brasileira Fabiana Murer terceira, com 4,71m.

Em recuperação de forma está outro antigo medalhado mundial, o panamiano Alonso Edward nos 200m. Sem os melhores jamaicanos e americanos por perto, Edward ganhou a sua distância com 20,04s, com vento quase nulo, e confirmou  que pode ser uma opção importante para Pequim.

A fechar a reunião, porém, uma jamaicana confirmou que há que contar com ela, mais do que ninguém, para chegar a um título mundial. Shelly-Ann Fraser impôs-se com muita facilidade nos 100m, em péssimas condições atmosféricas, e foi a única a menos de 11 segundos, com 10,93s, bem adiante da americana Tori Bowie (11,05s).

No meio-fundo, destaque para Ayanleh Souleiman, do Djibuti, ao impor-se numa prova de 1500m lançada demasiado rápida de início mas que depois teve um ritmo entrecortado, que prejudicou o tempo final. Porém, impressionou a sua capacidade terminal, que lhe permitiu ganhar com um número curioso: 3m33,33s! Na segunda posição o checo Jakub Holusa bateu o recorde nacional, com 3m34,26s.

Um mistério continua a ser o qatari Mutaz Barshim. O grande dominador da época passada no salto em altura, quando atingiu 2,43m, continua longe do seu melhor, a menos de um mês dos Mundiais. Na quinta-feira não conseguiu passar 2,32m, e essa altura apenas foi feita pelo vice-campeão americano Jacorian Duffield, facto que lhe rendeu a vitória. Barshim, como outros de topo, quedou-se pelos 2,29m, em segundo.