Livre/Tempo de Avançar espera que Governo seja capaz de “estar ao lado da Grécia”

Rui Tavares insiste que reestruturação das dívidas na UE é a solução para a crise.

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Rui Tavares insiste que "apoiar a Grécia é defender Portugal" Rui Gaudêncio

O cabeça-de-lista por Lisboa às eleições legislativas, Rui Tavares, espera que nas reuniões europeias o primeiro-ministro, Passos Coelho, seja capaz de “defender o interesse” de Portugal e “estar ao lado da Grécia”. Até agora, lamenta, só “tem piorado o problema”.

O ex-eurodeputado fez questão de deixar esta mensagem ao executivo português: “É preciso escolher o lado de Portugal, que é também o lado da Grécia, e que é também o lado das economias que têm sofrido com esta crise. Apoiar a Grécia é, neste momento, defender Portugal. Apoiar a Grécia é defender um futuro para a Europa”, afirmou Rui Tavares, considerando que “o Governo português tem optado, nos últimos tempos, por uma posição de uma enorme inflexibilidade” que “tem piorado o problema em vez de ajudar a resolver”.

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O cabeça-de-lista por Lisboa às eleições legislativas, Rui Tavares, espera que nas reuniões europeias o primeiro-ministro, Passos Coelho, seja capaz de “defender o interesse” de Portugal e “estar ao lado da Grécia”. Até agora, lamenta, só “tem piorado o problema”.

O ex-eurodeputado fez questão de deixar esta mensagem ao executivo português: “É preciso escolher o lado de Portugal, que é também o lado da Grécia, e que é também o lado das economias que têm sofrido com esta crise. Apoiar a Grécia é, neste momento, defender Portugal. Apoiar a Grécia é defender um futuro para a Europa”, afirmou Rui Tavares, considerando que “o Governo português tem optado, nos últimos tempos, por uma posição de uma enorme inflexibilidade” que “tem piorado o problema em vez de ajudar a resolver”.

Para o fundador do Livre, a mensagem que os gregos passaram no referendo, com 61% dos eleitores a votarem “Não” às propostas da troika, “deve ser ouvida por toda a Europa”. Significa que “a austeridade falhou”. E que a saída desta crise passa pela “solidariedade” e pela reestruturação da dívida grega: “Não adianta, nesta hora da verdade para a Europa, empurrar a Grécia mais ainda para a beira do abismo. O que importa é rapidamente concentrar esforços na reestruturação da dívida, no alívio necessário para a economia grega e num plano de futuro de reestruturação das dívidas em geral na União Europeia.”

Ana Drago, em segundo lugar na lista por Lisboa, sublinha que, nas negociações em curso para tentar resolver a situação na Grécia, o que está em jogo é não só o futuro do país governado por Alexis Tsipras, como também o de Portugal e da Europa. Por isso, espera que neste contexto o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho seja capaz de “defender o interesse nacional” e “estar ao lado da Grécia” de forma a encontrar “uma solução rápida para uma crise muito complicada”.

No comunicado a anunciar a conferência de imprensa desta terça-feira, o Livre/Tempo de Avançar insistia que “as instituições europeias e os governos europeus devem compreender que a possibilidade de desintegração do euro é real”.

“A possibilidade de não existir um acordo com o Governo grego nos próximos dias coloca toda a Europa em perigo. Portugal, em particular, ficaria vulnerável a um processo desordenado de desintegração da zona euro. As consequências para os portugueses seriam desastrosas”, lê-se no documento.

Os membros do Livre/Tempo de avançar querem que Passos Coelho defenda, nas reuniões, “o interesse do país, e não a sua agenda partidária”. Querem que, “por um dia que seja, defenda o país e não os interesses da sua coligação”.