Surf já é permitido nas praias da Barra e Costa Nova

Depois de dois dias de polémica e ameaça de protestos, foi encontrada uma solução de equilíbrio para permitir que os surfistas possam continuar nas praias de Ílhavo.

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A Praia da Barra foi uma das que estiveram sujeitas nos últimos dias à interdição da prática de surf Adriano Miranda

A informação foi confirmada ao PÚBLICO pelo presidente da Câmara de Ílhavo, Fernando Caçoilo, que se congratula com esta solução de “equilíbrio” e de “bom senso” num problema que, agora, “carece de uma solução definitiva”. “Foi encontrada uma solução de equilíbrio, mas a lei continua a proibir a prática de surf. É necessário que a lei seja revista”, alertou o autarca.

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A informação foi confirmada ao PÚBLICO pelo presidente da Câmara de Ílhavo, Fernando Caçoilo, que se congratula com esta solução de “equilíbrio” e de “bom senso” num problema que, agora, “carece de uma solução definitiva”. “Foi encontrada uma solução de equilíbrio, mas a lei continua a proibir a prática de surf. É necessário que a lei seja revista”, alertou o autarca.

Na passada segunda-feira, início da época balnear nestas praias da costa aveirense, surfistas e banhistas foram confrontados com placas, à entrada dos areais, com ordens para “não praticar surf” devido a “perigo de acidente”. A proibição tinha por base o regulamento do Plano de Ordenamento da Orla Costeira Ovar-Marinha Grande (já com cerca de 15 anos de existência), onde entre as “actividades interditas” figura a “prática de surf e windsurf em áreas reservadas a banhistas”. Os responsáveis da Associação de Surf de Aveiro dizem que esse plano não era aplicada ao pormenor, uma vez que surfistas e nadadores conseguiam sempre até aqui chegar a um entendimento.  

Este ano, a Capitania do Porto de Aveiro fazer valer a interdição da prática de surf, mas a decisão mereceu, desde a primeira hora, vários protestos e manifestações de indignação. Desde uma petição para acabar com a proibição de surf, passando por uma manifestação pública, eram já várias as acções de indignação que estavam em curso ou em vias de serem concretizadas.

Uma onda de protestos que pode, agora, chegar ao fim. “A proibição foi levantada desde que sejam cumpridos os termos do acordo com reserva de uma área de 50 metros da linha de costa para os banhistas poderem usar a água em segurança”, esclareceu o presidente da autarquia ilhavense, a propósito da solução encontrada.