Eleições para a presidência da FIFA vão mesmo avançar

Director de comunicação do organismo garantiu nesta manhã que Joseph Blatter não está implicado no caso.

Foto
A carrinha da polícia suíça, à porta do hotel onde estão alojados os membros da FIFA, em Zurique Reuters

O responsável pela política de comunicação da FIFA deixou claro que todos foram surpreendidos pelo timing da intervenção das autoridades, mas fez questão de sublinhar, em diferentes momentos, que foi o próprio organismo que gere o futebol mundial a desencadear a investigação. "A FIFA deu início a este processo em 18 de Novembro de 2014, através de uma queixa apresentada na justiça e que tinha a ver com a atribuição dos Mundiais de 2018 e 2022 [suspeita da compra de votos]", afirmou.

Walter de Gregorio colocou sempre a FIFA, de resto, no papel de lesada e assegurou que este processo é visto com bons olhos pela direcção e que a cooperação com as autoridades tem sido total. "Neste caso, a FIFA é a vítima, a parte afectada. As pessoas estão cá, nós cooperamos com eles e é do nosso próprio interesse que assim seja. É do nosso interesse que as perguntas que surgem possam ser respondidas depois da queixa que apresentámos".

Sem querer alongar-se sobre o facto de as detenções terem ocorrido dois dias antes das eleições, deixou uma pista de leitura: "Há duas investigações separadas e foi uma questão de coordenação. [As autoridades] Tiveram de se coordenar e ser tão eficientes quanto possível. E o facto de ter acontecido dois dias antes do congresso talvez se explique por termos aqui uma grande cobertura internacional", acrescentou.

Numa altura em que o número de detidos ainda não está fechado, Walter de Gregorio recusou-se a confirmar quer o total de detenções quer o nome dos envolvidos. Mas deixou uma certeza: "O secretário geral [Jérome Valcke] e o presidente [Joseph Blatter] não estão envolvidos neste processo". A esse respeito, assegurou também que Blatter, apesar do "momento difícil" que atravessa o organismo, está calmo e que vai encarar os próximos dias com total tranquilidade. 

E chegou a estar em cima da mesa a hipótese de adiar o acto eleitoral? "Nunca houve a intenção de adiar o congresso ou as eleições. Vamos prosseguir e a eleição vai realizar-se de acordo com o planeado. Uma coisa nada tem a ver com a outra", justificou. E os Mundiais de 2018 e 2022 estão em risco? "Não e não". 

"É evidente que, para a FIFA, em termos de imagem e de reputação, isto não é bom. Mas a limpeza que está a ser feita vai acabar por ser benéfica", prosseguiu Walter de Gregorio, assumindo que também os adeptos de futebol saem lesados deste incidente e garantindo que nenhum elemento da FIFA sabia que a operação ia ter lugar na manhã desta quarta-feira.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O responsável pela política de comunicação da FIFA deixou claro que todos foram surpreendidos pelo timing da intervenção das autoridades, mas fez questão de sublinhar, em diferentes momentos, que foi o próprio organismo que gere o futebol mundial a desencadear a investigação. "A FIFA deu início a este processo em 18 de Novembro de 2014, através de uma queixa apresentada na justiça e que tinha a ver com a atribuição dos Mundiais de 2018 e 2022 [suspeita da compra de votos]", afirmou.

Walter de Gregorio colocou sempre a FIFA, de resto, no papel de lesada e assegurou que este processo é visto com bons olhos pela direcção e que a cooperação com as autoridades tem sido total. "Neste caso, a FIFA é a vítima, a parte afectada. As pessoas estão cá, nós cooperamos com eles e é do nosso próprio interesse que assim seja. É do nosso interesse que as perguntas que surgem possam ser respondidas depois da queixa que apresentámos".

Sem querer alongar-se sobre o facto de as detenções terem ocorrido dois dias antes das eleições, deixou uma pista de leitura: "Há duas investigações separadas e foi uma questão de coordenação. [As autoridades] Tiveram de se coordenar e ser tão eficientes quanto possível. E o facto de ter acontecido dois dias antes do congresso talvez se explique por termos aqui uma grande cobertura internacional", acrescentou.

Numa altura em que o número de detidos ainda não está fechado, Walter de Gregorio recusou-se a confirmar quer o total de detenções quer o nome dos envolvidos. Mas deixou uma certeza: "O secretário geral [Jérome Valcke] e o presidente [Joseph Blatter] não estão envolvidos neste processo". A esse respeito, assegurou também que Blatter, apesar do "momento difícil" que atravessa o organismo, está calmo e que vai encarar os próximos dias com total tranquilidade. 

E chegou a estar em cima da mesa a hipótese de adiar o acto eleitoral? "Nunca houve a intenção de adiar o congresso ou as eleições. Vamos prosseguir e a eleição vai realizar-se de acordo com o planeado. Uma coisa nada tem a ver com a outra", justificou. E os Mundiais de 2018 e 2022 estão em risco? "Não e não". 

"É evidente que, para a FIFA, em termos de imagem e de reputação, isto não é bom. Mas a limpeza que está a ser feita vai acabar por ser benéfica", prosseguiu Walter de Gregorio, assumindo que também os adeptos de futebol saem lesados deste incidente e garantindo que nenhum elemento da FIFA sabia que a operação ia ter lugar na manhã desta quarta-feira.