A corrida em que quase toda a gente ficou satisfeita

Foto
O veleiro Brunel saiu vencedor na chegada a Lisboa José Manuel Ribeiro/AFP

Pouco mais de 20 minutos depois do Brunel, que ocupa o terceiro lugar na regata, chegou o espanhol Mapfre, mas, nem isso, abalou o ânimo de Iker Martínez. “Queremos sempre vencer, mas segundo é bom o suficiente e estamos muito contentes, porque estamos de regresso à Europa, o que significa que estamos a dar a volta ao mundo, mesmo depois de há 12 meses nem sequer termos um barco”, frisou o capitão da embarcação espanhola, elogiando o desempenho dos velejadores do Brunel e antevendo uma “boa batalha” até ao final.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Pouco mais de 20 minutos depois do Brunel, que ocupa o terceiro lugar na regata, chegou o espanhol Mapfre, mas, nem isso, abalou o ânimo de Iker Martínez. “Queremos sempre vencer, mas segundo é bom o suficiente e estamos muito contentes, porque estamos de regresso à Europa, o que significa que estamos a dar a volta ao mundo, mesmo depois de há 12 meses nem sequer termos um barco”, frisou o capitão da embarcação espanhola, elogiando o desempenho dos velejadores do Brunel e antevendo uma “boa batalha” até ao final.

A ultrapassagem, já perto da linha de chegada, do Alvimedica aos chineses do Dongfeng também deixou o líder do projecto turco-norte-americano feliz. “Felizmente passámo-los à chegada e ficámos felizes pelo resultado”, assinalou Charlie Enright, na mesma conferência, assumindo o entusiamos por “voltar à corrida, em Lisboa”.

As possíveis excepções nesta onda de entusiamos na conferência de imprensa poderiam ter sido quebradas pelos responsáveis pelo Dongfeng, quarto na etapa, e pelo Abu Dhabi, quinto, pelo que ambos preferiram evocar o optimismo para o resto da prova. “Sinto-me melhor agora, foi um fim difícil para nós, estivemos à frente praticamente até à baía de Cascais, mas perdemos o contacto com dois barcos e aceitámos o quarto lugar, algo desapontados, porque cometemos alguns erros, mas continuamos em segundo e temos de pensar no futuro e lutar para manter esta classificação”, sublinhou Charles Chaudrelier, do Dongfeng, antevendo que ficará mais animado quando o vencedor do dia, Bouwe Bekking, “pagar uns copos”. O capitão do veleiro chinês, que ocupa a segunda posição a cinco pontos do líder Abu Dhabi, reiterou a ambição de “tentar chegar à vitória” e, consequentemente, destronar o veleiro dos Emirados Árabes Unidos.

“Até perdi a minha voz, foi uma etapa muito difícil e frustrante para nós, porque foi a primeira fora do pódio, mas estou orgulhoso dos meus rapazes, porque mantivemo-nos na luta, apesar de estar mais aberta. Não acabámos com ar triste, acabámos sorridentes porque foi uma etapa, vale o que vale, e temos duas pela frente e cinco pontos de vantagem”, frisou Ian Walker. O capitão do Abu Dhabi reconheceu a frustração de ter ficado pela primeira vez fora do pódio numa etapa da presente edição da Volvo Ocean Race em Portugal, por Lisboa e Cascais serem como a “segunda casa” da equipa.

Depois das eventuais desilusões, Sam Davies, do SCA, reanimou a conferência de imprensa. “Obrigado por terem esperado por nós, para mim um dos objectivos é chegar a tempo destas conferências de imprensa, porque tenho perdido algumas. É sinal de que estamos melhor e hoje conseguimos ver alguns barcos no mar, o que significa que estivemos mais perto do que nunca e isso foi fantástico”, referiu a capitã do veleiro sueco.

Também Chris Nicholson, do dinamarquês Vestas, que volta à competição depois de ter estado ausente desde a segunda etapa revelou a sua satisfação, preferindo, no entanto, aguardar, pelo regresso ao mar. “É bom estar de volta, estamos ansiosos por voltar à água. Só quando voltarmos à corrida conseguiremos perceber se estamos bem”, rematou Chris Nicholson.