Latvala na frente no fim do segundo dia do Rali de Portugal
Finlandês foi o mais sólido da segunda jornada da prova, afectada pelos incêndios em Ponte de Lima.
Apesar da perturbação causada pelo fogo em Ponte de Lima, na segunda prova especial de classificação (PEC2), neutralizada após a passagem de 32 carros, os principais pilotos completaram todo o itinerário matinal, e Latvala, segundo na PEC3 e primeiro na PEC4, assumiu o comando, com 6,1 segundos de vantagem sobre o britânico Kris Meeke (Citroën) e 9,2 sobre Mikkelsen, vencedor da superespecial da véspera.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Apesar da perturbação causada pelo fogo em Ponte de Lima, na segunda prova especial de classificação (PEC2), neutralizada após a passagem de 32 carros, os principais pilotos completaram todo o itinerário matinal, e Latvala, segundo na PEC3 e primeiro na PEC4, assumiu o comando, com 6,1 segundos de vantagem sobre o britânico Kris Meeke (Citroën) e 9,2 sobre Mikkelsen, vencedor da superespecial da véspera.
Enquanto o finlandês tirou o melhor proveito de ser o nono na estrada, beneficiando da limpeza feita pelos carros da frente, o francês Sébastien Ogier, seu companheiro de equipa e bicampeão do mundo, viu confirmados os seus receios. Obrigado a abrir os troços por inerência da liderança do campeonato, caiu para sétimo, a 25,7 segundos, uma diferença significativa.
"Foi um grande salto. Gosto deste troço [Viana do Castelo], o piso é muito solto, mas [com a minha posição na estrada], quando se tem esta oportunidade, tem de se aproveitar. Não fazia um tempo assim há muito tempo", afirmou Latvala, após a quarta especial.
O finlandês, terceiro à partida, não pontua desde o segundo lugar no Rali de Monte Carlo, na abertura do Mundial.
A euforia de Latvala contrastava com a desilusão de Ogier: "Foi um dos piores troços que já fiz a abrir. Inacreditável", comentou o francês, vencedor das três primeiras provas do Mundial, em Monte Carlo, Suécia e México.
Kris Meeke também aproveitou a sua posição e conseguiu adoptar um ritmo constante que lhe permitiu saltar para a segunda posição, abrindo uma boa perspectiva para a Citroën, depois de ter vencido na Argentina, dando à marca francesa a primeira vitória desde 2013.
Ao contrário, Mikkelsen foi de mais a menos, para fechar a secção matinal na terceira posição, tal como o espanhol Dani Sordo (Hyundai), que começou de forma exuberante na especial de Ponte de Lima, assumindo o comando provisório, antes de cair até à quarta posição, a 12,3s.
Atrás seguem o estónio Ott Tanak - que mantém a Ford em prova após o abandono de Elfyn Evans com problemas eléctricos -, o norueguês Mads Ostberg (Citroën), segundo do Mundial de pilotos, Ogier, o britânico Hayden Paddon (Hyundai) e o belga Thierry Neuville (Hyundai), único a utilizar pneus duros, uma opção que o deixou a 50 segundos da frente.
"Tentei poupar os macios para amanhã [sábado]. Perdi um pouco mais do que esperava. Vou tentar recuperar", afirmou Neuville, que ainda terá pela frente a segunda passagem nos três troços feitos de manhã.
Da parte da tarde, cancelada a segunda passagem em Ponte de Lima, os pilotos voltaram a percorrer somente os troços de Caminha e Viana do Castelo, nos quais Latvala foi segundo e primeiro, respectivamente, mostrando a mesma consistência da manhã, para fechar a jornada com 11,1 segundos de avanço sobre o britânico Kris Meeke (Citroën), segundo classificado, e 16 face ao norueguês Andreas Mikkelsen (Volkswagen), terceiro.
O francês Sébastien Ogier (Volkwagen), bicampeão do mundo e líder do Mundial, foi o mais rápido na primeira especial da tarde e segundo na última, mas mantém-se a 25,6 segundos de Latvala, no sexto lugar, ainda atrás do estónio Ott Tanak (Ford) e do espanhol Dani Sordo (Hyundai).
No sábado, disputam-se mais seis especiais, com dupla passagem nos troços de Baião (18,57 km), Marão (26,46 km) e Fridão (37,67, que constituem as duas secções mais longas do rali, com um total de 165,4 quilómetros, entre as regiões de Minho, Douro Litoral e Trás-os-Montes.