Trabalhador caiu de uma altura de 10 metros na mina de Aljustrel e morreu
Sindicato mineiro critica as condições de segurança no fundo da mina que “ficam muito aquém dos padrões exigidos”.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineiros (STIM), Jacinto Anacleto, contou ao PÚBLICO que apesar das informações ainda serem escassas, já foi possível apurar que o trabalhador encontrava-se a desempenhar uma tarefa em cima de um tapete rolante que estava parado. Sem se saber porquê, o equipamento “entrou repentinamente em movimento provocando o seu desequilíbrio e queda de uma altura com cerca de 10 metros, no interior de um silo que continha minério”. O INEM deslocou-se ao local ainda tentou reanimar o trabalhador mas sem resultado
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O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineiros (STIM), Jacinto Anacleto, contou ao PÚBLICO que apesar das informações ainda serem escassas, já foi possível apurar que o trabalhador encontrava-se a desempenhar uma tarefa em cima de um tapete rolante que estava parado. Sem se saber porquê, o equipamento “entrou repentinamente em movimento provocando o seu desequilíbrio e queda de uma altura com cerca de 10 metros, no interior de um silo que continha minério”. O INEM deslocou-se ao local ainda tentou reanimar o trabalhador mas sem resultado
Quando o STIM tomou conhecimento do acidente pediu explicações tanto ao subempreiteiro como a Almina, a empresa que detém a concessão da mina de Aljustrel. “Deram-nos como resposta que não sabiam de nada”, salienta Jacinto Anacleto, lamentando a postura das entidades empregadoras.
O sindicalista critica “mais uma vez” as condições de segurança no fundo da mina que ficam “muito aquém dos padrões exigidos”, frisando que o sindicato já se disponibilizou e continua a disponibilizar-se para acções de formação em segurança junto dos trabalhadores mas a empresa “não dá dispensa aos trabalhadores como acontece por exemplo na mina da Somincor”.
“A empresa não reúne connosco nem com a comissão de trabalhadores”, salienta ainda Jacinto Anacleto, acrescentando que se trata de “uma postura que não se aceita nos dias de hoje”.
Entretanto o PÚBLICO teve acesso a um comunicado divulgado pela Almina onde diz que o trabalhador foi “imediatamente socorrido” pelas equipas médicas do INEM e da empresa que se deslocaram ao local do acidente, acabando por falecer.
A empresa refere ainda no seu comunicado que foram “accionados os mecanismos de emergência e reacção previstos na empresa” assim como avisadas as autoridades competentes” nomeadamente a Autoridade para as Condições de Trabalho, salientando que o empreiteiro iniciou de imediato um “inquérito de investigação para determinar as causas do acidente”.