Siemens corta mais 4500 empregos a nível mundial

Empresanão esclarece se a redução vai afectar trabalhadores em Portugal.

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Siemens tem actividade industrial e de investigação em Portugal. REUTERS/Lukas Barth

O presidente executivo da Siemens, Joe Kaeser, já tinha revelado em Maio de 2014 que a maior empresa de engenharia da Europa pretendia cortar pelo menos 11.600 postos de trabalho, numa acção para reduzir custos de mil milhões de euros até 2016.

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O presidente executivo da Siemens, Joe Kaeser, já tinha revelado em Maio de 2014 que a maior empresa de engenharia da Europa pretendia cortar pelo menos 11.600 postos de trabalho, numa acção para reduzir custos de mil milhões de euros até 2016.

O número agora anunciado eleva o total de postos de trabalho a suprimir pela multinacional a 12.300.

O PÚBLICO contactou a Siemens Portugal, mas a empresa não prestou qualquer informação sobre o impacto que a redução pode ter no nosso país, limitando-se a remeter para o comunicado divulgado esta quinta-feira pela casa-mãe e que nada refere em relação aos cortes de empregos a fazer noutros países.

De acordo com o site da unidade portuguesa, relativo a 2014, o universo de trabalhadores ascendia a 2480 colaboradores e o lucro líquido a 6,7 milhões de euros.

O comunicado divulgado pela multinacional especifica que o corte vai afectar cerca de 2200 empregos na Alemanha, mas é a única referência concreta que faz em relação aos países onde está presente. Só na Alemanha, a empresa emprega mais de 300.000 funcionários.

O anúncio dos cortes adicionais foi feito a par da apresentação dos resultados financeiros da empresa, que aumentou em 92% o lucro líquido do primeiro semestre fiscal (iniciado em Outubro de 2014), até 5004 milhões de euros, após a venda de activos.

Só no segundo trimestre fiscal (entre Janeiro e Março), os lucros líquidos foram de 3890 milhões de euros, ou seja, mais 247% do que nos primeiros três meses do ano passado, informou a empresa, que beneficiou da depreciação do euro face ao dólar. com Lusa