Apple Watch e tatuagens não combinam

Sensor que lê o batimento cardíaco tem dificuldades em fazer leitura quando emite luz sobre pele tatuada.

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Um dos utilizadores do Apple Warch reportou o seu problema no Reddit guinne55fan/Reddit

Na última semana, alguns dos utilizadores do Apple Watch manifestaram o seu desagrado nas redes sociais por algumas funcionalidades do relógio apresentarem problemas quando usado num pulso onde existe uma tatuagem. No fórum online Reddit, um proprietário de um Apple Watch, que se identifica como guinne55fan, indica que quando o seu relógio ficava em contacto com o seu pulso tatuado ficava trancado e exigia uma password para desbloquear. O mesmo não acontecia quando colocado sobre uma zona de pele limpa.

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Na última semana, alguns dos utilizadores do Apple Watch manifestaram o seu desagrado nas redes sociais por algumas funcionalidades do relógio apresentarem problemas quando usado num pulso onde existe uma tatuagem. No fórum online Reddit, um proprietário de um Apple Watch, que se identifica como guinne55fan, indica que quando o seu relógio ficava em contacto com o seu pulso tatuado ficava trancado e exigia uma password para desbloquear. O mesmo não acontecia quando colocado sobre uma zona de pele limpa.

A Apple acabou por admitir no fim-de-semana que as tatuagens podem impedir que o Apple Watch funcione correctamente. Na sua página de ajuda ao consumidor, a empresa acrescentou que algumas tatuagens podem interferir com o sensor de batimentos cardíacos que integra o relógio. “A tinta, padrão e saturação da tatuagem podem bloquear a luz que vem do sensor, tornando difícil conseguir leituras fiáveis”, afirma a Apple.

A Apple mede a corrente sanguínea através de uma luz verde emitida por um sensor existente na parte detrás do relógio que incide sobre o pulso. Essa luz é absorvida pelo sangue. Quando o batimento cardíaco acelera, existe uma maior corrente sanguínea no pulso. É através dessa luz que o relógio depois calcula a pulsação do utilizador, com base na quantidade de luz que foi absorvida. O problema agora detectado é que quando essa luz incide sobre uma pele tatuada, o sensor não consegue fazer uma leitura correcta.

Além desta questão, a Apple admite que podem ocorrer outros problemas durante a leitura do batimento cardíaco do utilizador do seu relógio inteligente. "Se estiver a fazer exercício no frio, por exemplo, a perfusão da pele no seu pulso pode ser muito baixa para o sensor de ritmo cardíaco obter uma leitura", indica a empresa.

Alguns movimentos irregulares do pulso, como quando se pratica ténis ou boxe, também podem interferir com o sensor de frequência cardíaca. "Movimentos rítmicos, como correr ou andar de bicicleta, dão melhores resultados", acrescenta a Apple.