FC Porto jogou apenas o suficiente para continuar a acreditar

Sem contestação mas também sem brilho, os portistas mantiveram a tradição vitoriosa em Setúbal. Brahimi e Jackson construíram o resultado para os “dragões”, que continuam a três pontos do Benfica.

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Brahimi foi o autor do golo portista no Bonfim Hugo Correia/Reuters

O FC Porto fez apenas o suficiente para ganhar — obteve a 15.ª vitória consecutiva em Setúbal, nos jogos a contar para o campeonato (a 36.ª num total de 67 visitas) — frente a um adversário que não criou dificuldades por aí além.

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O FC Porto fez apenas o suficiente para ganhar — obteve a 15.ª vitória consecutiva em Setúbal, nos jogos a contar para o campeonato (a 36.ª num total de 67 visitas) — frente a um adversário que não criou dificuldades por aí além.

O Bonfim foi palco de um encontro entre duas equipas a viver com urgência para pontuar mas motivos diferentes para tal: o FC Porto não podia permitir-se abrandar o ritmo, para manter a perseguição ao Benfica e continuar a alimentar a utopia de chegar ao título.

Quanto ao Vitória de Setúbal, no extremo oposto da classificação, a necessidade de pontos devia-se à luta pela sobrevivência. A equipa de Bruno Ribeiro tem apenas três pontos de vantagem relativamente ao primeiro emblema em zona de despromoção.

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Eram duas equipas obrigadas a fazer pela vida, mas só uma se aplicou realmente nisso. Com os sadinos na expectativa, desde o primeiro segundo que o domínio da partida pertenceu ao FC Porto e o golo era uma questão de tempo. Não aconteceu aos oito minutos graças a uma boa acção de João Schmidt, que evitou o remate de Ricardo Quaresma, mas pouco depois ninguém conseguiu fazer nada: Ricardo cruzou na direita e a bola passou por toda a gente para chegar a Brahimi, que praticamente só teve de encostar.

Os anfitriões reagiram à desvantagem com o primeiro remate enquadrado com a baliza adversária (Suk, à figura de Helton) e logo a seguir o perigo voltou à baliza sadina: Quaresma rematou de trivela, para boa defesa de Raeder. E isto foi praticamente tudo o que se viu no primeiro tempo.

A segunda parte não trouxe grandes novidades. O FC Porto teve sempre mais bola (terminou a partida com 69% de posse), circulava-a mas nem por isso criava oportunidades para ampliar o resultado. E o Vitória não tinha armas para contrariar o domínio dos “dragões”, com Suk demasiado sozinho no ataque e sem apoio dos companheiros de equipa. Porém, num lance fortuito, o sul-coreano provocou um calafrio a Lopetegui: o cabeceamento de Suk foi travado por uma grande defesa de Helton (77’).

Toda a gente esperava pelo apito final quando, já no período de compensação, Jackson Martínez rubricou o 0-2 após passe de Herrera. O colombiano volta a isolar-se na tabela dos melhores marcadores com 18 golos (mais um do que o benfiquista Jonas).