Dulce Félix oitava na Maratona de Londres com recorde pessoal

Ainda em português, Hermano Ferreira foi 16.º na prova masculina, enquanto Pedro Ribeiro desistiu.

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Portugal abordava esta 35.ª edição da maratona londrina com elevadas expectativas no sector feminino, mas Sara Moreira, já no decorrer da última semana anunciou a sua desistência devido a lesão. Ficava Dulce Félix e, segundo ela e a sua técnica, Sameiro Araújo, nunca tinha preparado tão bem uma maratona e encontrava-se na melhor forma de sempre.

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Portugal abordava esta 35.ª edição da maratona londrina com elevadas expectativas no sector feminino, mas Sara Moreira, já no decorrer da última semana anunciou a sua desistência devido a lesão. Ficava Dulce Félix e, segundo ela e a sua técnica, Sameiro Araújo, nunca tinha preparado tão bem uma maratona e encontrava-se na melhor forma de sempre.

As africanas tomaram o comando desde o tiro de partida e Dulce Félix, realisticamente, deixou-se de imediato ficar para um segundo grupo, num ritmo inicialmente apontado às 2h24m. As da liderança passaram em 33m22s aos 10km e a portuguesa em 34m13s, e à meia maratona, com 71m43s na frente, Ana Dulce mantinha praticamente meio minuto de atraso. Só que a liderança amoleceu desde a passagem a meio e aos 25km a portuguesa apanhou o grupo da frente, liderou em alguns momentos e manteve-se com as do comando bem para além dos 30km.

As escaramuças que iniciaram a decisão da prova acabariam por ditar a sua descolagem e a partir dos 40km Ana Dulce Félix resistiu para manter uma posição entre as dez primeiras e chegar ao novo máximo pessoal.

Na luta para o triunfo e com uma fuga depois dos 35km, a etíope Tigist Tufa foi a grande vencedora, com 2h23m22s, seguida da queniana Mary Keitany, a antiga recordista mundial da meia maratona (2h23m40s), e de outra etíope, Tirfi Tsegaye (2h23m41s), mais uma fundista de grande valia que se estreou na maratona no Porto, ao ganhar a prova da Invicta em 2008.

No lado masculino, e num embate de titãs, já que estavam presentes os três mais rápidos maratonistas de sempre, o triunfo coube ao antigo campeão mundial dos 5000m, Eliud Kipchoge (2h04m42s), com a melhor marca mundial do ano, que bateu o anterior recordista mundial Wilson Kipsang (2h04m47s) e o actual recordista Dennis Kimetto (2h05m50s), para um pódio todo queniano. Hermano Ferreira foi 16.º lugar (2h15m53s), acabando em dificuldades após um bom tempo de 64m48s a meio.

Já em Hamburgo, em prova ganha pelo queniano Lucas Rotich (2h07m17s), Rui Pedro Silva terminou em 15.º (2h14m21s), enquanto no lado feminino, tendo ganho a etíope Meseret Haiulu (2h25m41s), Mónica Silva foi 8.ª (2h34m02s), um recorde pessoal por quase oito minutos.