Susana Ribeiro: “Se puder fazer história, melhor”

Jogadora de Miramar tenta terceiro título consecutivo no Campeonato Nacional Absoluto

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Susana Mendes Ribeiro em busca de proeza histórica em Santo Estêvão / © FILIPE GUERRA

GOLFTATTOO – Como te sentes para a defesa do título no Campeonato Nacional Absoluto?

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GOLFTATTOO – Como te sentes para a defesa do título no Campeonato Nacional Absoluto?

SUSANA MENDES RIBEIRO  Sinto-me bem, tenho andado a trabalhar umas coisas, principalmente na parte física, por isso estou confiante.

Tens noção de que partes em busca de um feito histórico. Nas últimas duas décadas e meia ninguém conseguiu vencer três vezes seguidas.

Eu já sabia, o ano passado, quando ganhei, o Rui Frazão [da Federação], disse-mo. Mas não vou à procura disso, vou jogar um dia de cada vez, jogar o meu jogo – e se ganhar e fizer história, melhor.

Tens feito alguma preparação especial?

Não. Tenho insistido mais na parte física, para conseguir corrigir alguns erros técnicos. Claro que o Campeonato Nacional é sempre importante, mas não ponho muita pressão neste torneio porque o meu trabalho vai além dele e tem de ser mais a pensar no meu futuro.

Como tens feito essa preparação física?

Com o José Pedro Almeida [ZppT Performance Center], que trabalha com as selecções nacionais e com o Portugal Golf Team; e com a Eunice Moura, em hipopressivos, que tem a ver com a respiração, a estabilização da bacia, o trabalhar o abdominal. Era uma grande lacuna que eu tinha, preciso de me focar mais na parte física, para chegar ao fim do ano em forma para jogar na Escola. 

Referes-te à Escola de Qualificação do Ladies European Tour. Nessa altura já terás assumido o estatuto de profissional? 

Não tenho timing definido. Ainda não pensei muito nisso.

Agrada-te o campo de Santo Estêvão, onde se joga o Campeonato Nacional?

Não é dos meus campos mais favoritos, mas é um campo desafiante, principalmente com vento. Não é muito o meu estilo de campo, mas vai ter de agradar. Não é muito desenhado, gosto de campos com mais obstáculos, com mais árvores.

O Tomás Silva, que por sua vez vai tentar defender o título na prova de homens, diz que Santo Estêvão é um campo que não favorece os bons jogadores, no sentido em que, sendo aberto, permite falhar à esquerda ou à direita.

Concordo, favorece os maus jogadores. Podemos falhar para muitos sítios. 

Tens feito voltas de treino em Santo Estêvão?

Fiz uma na sexta-feira, com o Fernando Serpa. Na quarta-feira [hoje] talvez ainda jogue 9 buracos. É um campo que costumo jogar. Já não ia lá há algum tempo, mas acho que está muito melhor do que estava, com greens e fairways óptimos.

Da última vez que não ganhaste o Campeonato Nacional Absoluto, ele decorreu em Santo Estêvão. Foi em 2012, numa edição em que foste vice-campeã perdendo por uma pancada para a primeira classificada, Rita Félix.

Vou sair em minha defesa: essa foi a minha melhor classificação até essa data, foi a primeira vez que fui vice-campeã. Não tenho muitas memórias dessa edição, o que me ficou mais foi que perdi por uma. Mas já venci uma vez em Santo Estêvão, em Maio de 2013, para o Circuito Liberty Seguros. Ganhei por uma à Mariana Martins.

Sim ou não: a Leonor Bessa é a tua mais perigosa adversária?

Não, é um bocado difícil de prever. Vou-me focar mais no meu jogo, isso é que é complicado de gerir, o resto não posso controlar. Não faço ideia de como estão a jogar as outras raparigas.

Com duas vitórias até ao momento no Circuito Liberty Seguros, e com o cut feito no Internacional de Portugal, deves estar satisfeita com a tua época…

Sim, comecei bem. Tive uma ligeira queda na Argentina de que não estava à espera, foi uma má fase do meu jogo, não estava confiante, estava a bater mal, por isso não correu muito bem. 

Já com duas vitórias em 2015, uma eventual novo título no Nacional dar-te-ia um registo 100 por cento positivo nas provas do calendário interno federativo e poderia lançar-te para uma época histórica.

Um dia de cada vez, um torneio de cada vez 

 

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