Patrícia Mamona foi quinta na final do triplo salto

Atleta portuguesa fez a sua melhor marca do ano, mas não conseguiu chegar ao pódio nos Europeus de pista coberta, em Praga.

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Patrícia Mamona fez o seu melhor de 2015, mas não chegou para um lugar no pódio JOHANNES EISELE/AFP

A prova demorou a acelerar e, efectivamente, isso só aconteceu quando, ao terceiro ensaio, Koneva produziu a marca que seria vencedora. A israelita Hanna Knyazeva chegou a um novo recorde nacional de 14,49m, facto já esperado, mas quem esteve melhor face às expectativas foram a búlgara Gabriela Dimitrova, que acabaria por ser segunda com 14,52m, e a alemã Kristin Gierisch, que subiu o máximo pessoal para 14,46m, à beira do recorde nacional.

Neste contexto, Patrícia Mamona abriu com dois nulos, depois fez 14,12m e, no quarto salto, estava próxima da luta pelas medalhas, com 14,32m, o seu melhor do ano. Porém, o quinto salto foi nulo e isso cortou a recuperação. No derradeiro ensaio, os 14,30m não foram suficientes para apertar as da frente, sendo que, atrás, todas ficaram muito longe da portuguesa, com a romena Cristina Bujin a ser sexta, abaixo dos 14m (13,91m).

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A prova demorou a acelerar e, efectivamente, isso só aconteceu quando, ao terceiro ensaio, Koneva produziu a marca que seria vencedora. A israelita Hanna Knyazeva chegou a um novo recorde nacional de 14,49m, facto já esperado, mas quem esteve melhor face às expectativas foram a búlgara Gabriela Dimitrova, que acabaria por ser segunda com 14,52m, e a alemã Kristin Gierisch, que subiu o máximo pessoal para 14,46m, à beira do recorde nacional.

Neste contexto, Patrícia Mamona abriu com dois nulos, depois fez 14,12m e, no quarto salto, estava próxima da luta pelas medalhas, com 14,32m, o seu melhor do ano. Porém, o quinto salto foi nulo e isso cortou a recuperação. No derradeiro ensaio, os 14,30m não foram suficientes para apertar as da frente, sendo que, atrás, todas ficaram muito longe da portuguesa, com a romena Cristina Bujin a ser sexta, abaixo dos 14m (13,91m).

O outro português em acção na jornada foi Yazaldes Nascimento, nas meias-finais dos 60m. Correu a primeira de três provas, foi quinto e, com 6,67s, melhorou em dois centésimos o seu recorde pessoal obtido nas eliminatórias, mas não conseguiu passar à final. 

Ganhou a sua série o britânico Richard Kilty (6,53s), que, duas horas mais tarde, viria a triunfar na final (6,51s), com largos sete centésimos de vantagem sobre o alemão Christian Blum, que só havia chegado à final por repescagem. Kilty havia sido campeão do mundo no ano passado, em Sopot, e então a sua vitória foi vista por muito observadores como fruto de algum acaso. Neste domingo, a resposta foi dada de forma esclarecedora pelo britânico de 25 anos.

A final feminina da velocidade pura foi ainda de superior qualidade e, como no ano passado nos Europeus de ar livre de Zurique, voltou a prevalecer a holandesa Dafne Schippers. Teve de se empregar a fundo para vencer nos últimos metros a campeã mundial júnior dos 100m de 2014, a britânica Dina Asher-Smith, e com 7,05s obteve a melhor marca europeia do ano, igualando a do topo mundial.

Asher-Smith continua a progredir e igualou o recorde nacional com 7,08s, adiante da alemã Verena Sailer (7,09s), a qual fora um centésimo mais rápida na meia-final. O recorde norueguês de Ezinne Okparaebo, com 7,10s, não deu mais que o quarto lugar, enquanto o da Suíça, com mais um centésimo, para Mujinga Kambundji, chegou para o quinto, numa prova de grande nível.

Shkurenyov em alta no heptatlo
Outra melhor marca mundial do ano protagonizou o russo Ilya Shkurenyov, ao totalizar 6353 pontos no heptatlo, para passar para oitavo nas listas europeias de todos os tempos, adiante do alemão Arthur Abele (6279), que fez 7,65s, um tempo de especialista, nos 60m barreiras.

O salto com vara produziu uma boa imagem respeitante à renovação da elite europeia, com a russa Anzhelika Sidorova a vencer com 4,80m, um recorde pessoal que a dá como a 12.ª a chegar à casa dos quatro metros e oito decímetros. A antiga dominadora das categorias jovens, a sueca Angelica Bengtsson, alcançou o terceiro lugar, colocando o recorde nacional a 4,70m.

Do ponto de vista do público, o prato forte foi servido nos 1500m masculinos, com uma fuga do turco -  de origem queniana -  Ilhan Ozbilen desde cedo, numa decisão que parecia resultar numa vitória certa, mas que seria contrariada por uma volta final incrível do checo Jakub Holusa, para triunfar com 3m37,68, novo recorde nacional.

Para tudo acabar em grande, a estafeta belga masculina dos 4x400m, com três irmãos Borlee na formação, venceu, sobre o final, a Polónia e arrebatou-lhe o recorde da Europa, que havia estabelecido com 3m03,01s em 1999, nos Mundiais indoor de Maebashi, ao concluir em 3m02,87s.