Na Mouraria, vai nascer uma casa para as indústrias criativas

O Centro de Inovação da Mouraria tem capacidade para 50 empreendedores. As candidaturas abrem na próxima segunda-feira.

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Pedro Cunha

As portas do Centro de Inovação da Mouraria, que vai funcionar numa antiga residência senhorial do século XV agora requalificada pela Câmara de Lisboa, abriram-se esta sexta-feira para dar a conhecer o espaço aos jornalistas. No fim da visita, conduzida pela vereadora da Economia e da Inovação e pelo director executivo desta incubadora, as portas voltaram a fechar-se mas por pouco tempo: a inauguração do espaço está marcada para o dia 25 de Maio. Até lá, ainda há que equipar todo o edifício, no interior do qual foram preservados uma coluna e uma parede da construção original.

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As portas do Centro de Inovação da Mouraria, que vai funcionar numa antiga residência senhorial do século XV agora requalificada pela Câmara de Lisboa, abriram-se esta sexta-feira para dar a conhecer o espaço aos jornalistas. No fim da visita, conduzida pela vereadora da Economia e da Inovação e pelo director executivo desta incubadora, as portas voltaram a fechar-se mas por pouco tempo: a inauguração do espaço está marcada para o dia 25 de Maio. Até lá, ainda há que equipar todo o edifício, no interior do qual foram preservados uma coluna e uma parede da construção original.

Quem desenvolver trabalho nas áreas de moda, media, design, música, gastronomia ou “ofícios manufacturados”, como azulejaria, olaria, joalharia e restauro, pode bem vir a ser um dos futuros ocupantes do CIM. Para isso, tudo o que tem a fazer é apresentar, entre os dia 2 de Março e 15 de Abril, uma candidatura, através da página da câmara na Internet.

De acordo com a vereadora Graça Fonseca, o “carácter inovador do projecto” e “a ligação a Lisboa e à Mouraria” serão alguns dos critérios de avaliação das candidaturas. Nas perguntas e respostas distribuídas aos jornalistas acrescentam-se outros, como a “exequibilidade” e “sustentabilidade” do projecto, apontando-se também a criação de postos de trabalho e o facto de a idade do promotor ser igual ou inferior a 35 anos como elementos de “valorização” das candidaturas.     

A expectativa da autarca socialista é que o CIM venha a afirmar-se como “uma âncora”, que contribua para trazer para a Mouraria “mais pessoas, mais investimento e uma maior capacidade de regeneração urbana”. À semelhança, diz, do que aconteceu na Baixa, onde a instalação da Startup Lisboa “foi importante para toda a dinâmica à volta”.  

Graça Fonseca destaca que esta será a primeira incubadora na cidade dedicada às indústrias criativas, manifestando a convicção de que esta “é uma área que vai ter bastante procura”. “A Mouraria é um território muito apetecível para as classes criativas. É um território central, com muita alma e carácter e mais barato do que outras zonas, como o Chiado”, acrescenta o director executivo do CIM.

João Meneses frisa que os 50 empreendedores que se instalarem no CIM, número que poderá crescer no futuro até cerca de 60, poderão beneficiar de apoio jurídico e contabilístico, entre outros, e do apoio de uma rede de mentores com experiência na sua área de negócio. Segundo o responsável, a requalificação do edifício, que tem uma área útil de cerca de 1400 m2, teve um custo aproximado de dois milhões de euros. Um valor que se integra nos cerca de 14 milhões de euros de investimento público de que a Mouraria foi alvo desde 2010, tanto ao nível da requalificação do edificado e do espaço público como da área social.

A intenção da câmara é que além de incubadora, o número 23 da Rua dos Lagares funcione também como “um pólo de programação cultural diversa e de envolvimento da população e das instituições locais da Mouraria e de Lisboa”.