As tatuagens de Ibrahimovic para combater a fome

Jogador sueco tatuou nomes de pessoas com fome, associando-se a campanha do Programa Alimentar Mundial.

Afinal, o acto de Zlatan não poderia ser mais altruísta. O internacional sueco tatuou no seu corpo o nome de 50 pessoas que passam fome. Uma forma de se associar à nova campanha do Programa Alimentar Mundial, das Nações Unidas, que inclui um vídeo e um site.

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Afinal, o acto de Zlatan não poderia ser mais altruísta. O internacional sueco tatuou no seu corpo o nome de 50 pessoas que passam fome. Uma forma de se associar à nova campanha do Programa Alimentar Mundial, das Nações Unidas, que inclui um vídeo e um site.

“Onde quer que eu vá, as pessoas reconhecem-me, chamam o meu nome e acarinham-me. Mas há nomes que ninguém se lembra de acarinhar”, explicou Ibrahimovic neste domingo, ao revelar que aquelas tatuagens no corpo (não definitivas) são de nomes de pessoas que passam fome: Carmen (uma boliviana de 52 anos), Mariko (um congolês de 80), Antoine (da República Centro-Africana, de 75 anos), Sawsan (uma síria de 13 anos), Chheuy e Lida (cambodjanas de sete e oito anos), Siatta (liberiana de 30 anos) ou Rahma (iraquiana de 14 anos).

“Ninguém torce pelas 805 milhões de pessoas que passam fome em todo o mundo”, acrescentou o jogador sueco, que é o novo rosto do Programa Alimentar Mundial (PAM). “Escrevi 50 nomes no meu corpo. Não sou suficientemente grande para escrever os 805 milhões”, descreveu o jogador, pedindo que quando ouvirem o nome dele se lembrem de quem passa fome.

Esta campanha de marketing social estava planeada, mas aconteceu mais cedo do que o esperado. Ibrahimovic marcou logo aos dois minutos do jogo com o Caen (que o PSG empataria 2-2) e aproveitou a ocasião. “Tudo aquilo que aconteceu ontem [sábado] não estava previsto. Deveria acontecer, mas aconteceu passado dois minutos”, esclareceu o sueco numa conferência de imprensa com Marina Catena, responsável do PAM — segundo a lista da revista Forbes, Ibrahimovic era o 12.º desportista mais bem pago do mundo em 2014 (40 milhões de dólares anuais).

Segundo as estimativas do PAM, uma em cada nove pessoas no mundo não tem comida suficiente. A agência humanitária espera este ano fornecer 17 mil milhões de refeições diárias a 78 milhões de pessoas de 76 países.