O que a Grécia quer e a Europa recusa

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Alexis Tsipras, primeiro-ministro grego François Lenoir /reuters

Os outros governos europeus e também o BCE não gostam desta solução. No programa da troika para a Grécia ficou estabelecido um limite de 15 mil milhões de euros para a quantidade de emissões de dívida pública de curto prazo que a Grécia pode fazer.

O limite foi imposto para evitar que o país vá pagando as suas dívidas de logo prazo apenas através de empréstimos de curta duração concedidos pelos bancos gregos. O BCE, em particular, considera que isso põe em causa a solvabilidade dos bancos e a estabilidade de todo o sistema financeiro.

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Os outros governos europeus e também o BCE não gostam desta solução. No programa da troika para a Grécia ficou estabelecido um limite de 15 mil milhões de euros para a quantidade de emissões de dívida pública de curto prazo que a Grécia pode fazer.

O limite foi imposto para evitar que o país vá pagando as suas dívidas de logo prazo apenas através de empréstimos de curta duração concedidos pelos bancos gregos. O BCE, em particular, considera que isso põe em causa a solvabilidade dos bancos e a estabilidade de todo o sistema financeiro.

Por isso, a Grécia tem encontrado nos seus encontros nas capitais europeias (e em Frankfurt também) uma resposta insistente: para ter o financiamento do Estado e dos bancos assegurado, é preciso que o actual programa da troika, com as condições que lhe estão associadas, seja prolongado para além do seu actual prazo de 28 de Fevereiro. Algo que Alexis Tsipras e Yanis Varoufakis têm, desde o primeiro dia após a tomada de posse, recusado.

Para conseguir resolver esta divergência, serão necessárias cedências muito significativas de alguma ou de ambas as partes. E o prazo para tal acontecer é cada vez mais curto.