Vila Real quer dar refúgio aos morcegos urbanos

O projecto-piloto vai juntar a comunidade estudantil na criação de caixas-abrigo

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Com a criação de habitats artificiais, pretende-se, também, chamar a comunidade estudantil a ser a embaixadora deste projecto. “Queremos desafiar todas as escolas da cidade, do ensino básico ao ensino superior, a colocarem caixas-abrigo em parques e jardins”, explicou o coordenador do LEA da UTAD, João Cabral. Apesar de não ser uma ideia inédita, este projecto-piloto irá diferenciar-se por incluir o público juvenil nesta iniciativa.

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Com a criação de habitats artificiais, pretende-se, também, chamar a comunidade estudantil a ser a embaixadora deste projecto. “Queremos desafiar todas as escolas da cidade, do ensino básico ao ensino superior, a colocarem caixas-abrigo em parques e jardins”, explicou o coordenador do LEA da UTAD, João Cabral. Apesar de não ser uma ideia inédita, este projecto-piloto irá diferenciar-se por incluir o público juvenil nesta iniciativa.

Em Portugal continental existem 25 espécies de morcegos, das quais 20 estão presentes no concelho de Vila Real. Alertar a população para os benefícios que esta espécie traz ao equilíbrio do ecossistema e à melhoria da saúde pública é outro dos grandes motes desta iniciativa. “Os morcegos foram sempre um grupo que esteve esquecido, o que é injusto porque eles cumprem uma série de funções importantíssimas. Consomem uma enorme quantidade de insectos que podem ser considerados perigosos quando se transformam em praga”, sublinhou João Cabral. “Acabar com esse mito importado de que os morcegos que vivem em Portugal se alimentam de sangue é meio caminho andado para que as pessoas os acarinhem e os assumam como espécies importantes e necessárias”, adiantou.

No final deste mês, os morcegos já poderão conhecer as suas novas casas, que vão ser construídas em zonas arborizada da cidade de Vila Real. Os responsáveis do projecto Murbe – Morcegos "Urbanos" esperam que ao longo dos próximos três anos, depois de criadas as condições de monotorização, as caixas-abrigo sejam preenchidas de forma consistente. “Queremos conseguir o dois em um: compensar a destruição dos abrigos naturais dos morcegos, fruto da expansão urbanística e da pressão populacional, e juntar a comunidade vila-realense neste esforço, mudando um bocadinho as mentalidades sobre o papel que estes mamíferos voadores têm nos ecossistemas”, conclui João Cabral.