Só um terço dos serviços de abastecimento de água consegue recuperar custos

Os tarifários devem permitir a recuperação tendencial dos custos, diz a Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos.

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As câmaras e as associações de municípios são quem menos recupera custos, segundo a ERSAR Rui Gaudêncio

De acordo com os dados da ERSAR, relativos ao ano de 2012 (os mais recentes), só 35% das entidades gestoras conseguem recuperar os custos totais do abastecimento de água, mas ainda menos são as que recuperam os custos dos serviços de esgotos e de gestão de resíduos (19% e 16%, respectivamente).

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De acordo com os dados da ERSAR, relativos ao ano de 2012 (os mais recentes), só 35% das entidades gestoras conseguem recuperar os custos totais do abastecimento de água, mas ainda menos são as que recuperam os custos dos serviços de esgotos e de gestão de resíduos (19% e 16%, respectivamente).

A ERSAR sublinha que “na maioria das entidades gestoras os serviços estão a ser financiados por outras fontes de receitas”, sendo as câmaras e as associações de municípios, que representam a maioria dos prestadores deste tipo de serviços, as entidades que menos recuperam custos.

Só nas regiões de Lisboa e Algarve é que os serviços de abastecimento de água e saneamento de águas residuais “apresentam uma recuperação de custos positiva”.

“Os tarifários a praticar devem permitir a recuperação tendencial dos custos inerentes à provisão dos serviços num cenário de eficiência produtiva, incentivando, em simultâneo, comportamentos ambientalmente favoráveis e integrando mecanismos de moderação tarifária de forma a facilitar o acesso económico aos serviços por parte de famílias numerosas e de famílias mais carenciadas”, acrescenta o regulador.