Foi a França a fazer história no Mundial de andebol

Surpresa Qatar não resistiu na final (25-22) à selecção francesa, a primeira a conquistar cinco títulos.

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A medalha de ouro foi garantida com o triunfo sobre o Qatar, por 25-22 (14-11 ao intervalo), em Lusail, perante 15.000 espectadores. A selecção anfitriã, que se fartou de bater os seus melhores registos ao longo da prova, na qual entrou com um 16.º lugar (em 2003) como melhor resultado anterior, esteve sempre em desvantagem desde os quatro minutos, chegou a estar a perder por seis na primeira parte, mas teve o mérito de lançar a incerteza no desfecho após o intervalo, período em que conseguiu reduzir a diferença para um em quatro ocasiões.

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A medalha de ouro foi garantida com o triunfo sobre o Qatar, por 25-22 (14-11 ao intervalo), em Lusail, perante 15.000 espectadores. A selecção anfitriã, que se fartou de bater os seus melhores registos ao longo da prova, na qual entrou com um 16.º lugar (em 2003) como melhor resultado anterior, esteve sempre em desvantagem desde os quatro minutos, chegou a estar a perder por seis na primeira parte, mas teve o mérito de lançar a incerteza no desfecho após o intervalo, período em que conseguiu reduzir a diferença para um em quatro ocasiões.

Contudo, nos minutos finais, pesou mais a experiência e a qualidade da França. A actual campeã europeia, mundial e olímpica foi liderada por Nikola Karabatic (cinco golos e cinco assistências), Daniel Narcisse (quatro) e o guarda-redes Thierry Omeyer (nove defesas), depois eleito MVP da competição.Os quatro remates certeiros do ponta-direita Valentin Porte, todos na 2.ª metade, também foram importantes para a França conquistar a prova pela terceira vez nas últimas quatro edições.

Do lado qatari, voltaram a destacar-se o guarda-redes Danijel Saric (14 defesas), assim como Rafael Capote (seis golos) e o central Kamalaldin Malash (três golos e cinco assistências). O lateral-direito Zarko Markovic voltou a ser o melhor marcador da equipa, mas desta vez teve uma eficácia de remate baixa (7/16). O jogador de origem montenegrina terminou a competição no 2.º lugar da lista de marcadores, com 67 golos, apenas superado pelo esloveno Dragan Gajic (71).

Apesar da derrota na final, o Qatar acrescentou muito ao seu palmarés. O campeão asiático, com uma equipa fortalecida por jogadores naturalizados, ganhou a sua primeira medalha num Mundial e tornou-se a primeira selecção não europeia de sempre a terminar no pódio.

Quanto à França, já campeã em 1995, 2001, 2009 e 2011 e que com este triunfo também garantiu o apuramento para os Jogos Olímpicos de 2016, não lhe falta títulos. Já ganhou três Europeus, cinco Mundiais e dois Jogos Olímpicos. E só os sucessos nos Mundiais de 1995 e 2001 não foram conseguidos nos últimos dez anos.

A vitória no Qatar permitiu-lhe, na contabilidade do Mundial, separar-se de Roménia (1961, 1964, 1970, 1974) e Suécia (1954, 1958, 1990, 1999) e tornar-se recordista isolada de títulos. Omeyer e o capitão de equipa Jérôme Fernandez participaram em quatro das cinco medalhas de ouro francesas.

A Polónia nunca foi campeã, mas acrescentou uma medalha de bronze ao palmarés, depois de derrotar a ex-campeã mundial Espanha, por 29-28, após prolongamento. Os polacos repetiram assim as performances de 1982 e 2009, só superadas pelo segundo lugar obtido em 2007.

Além dos franceses Omeyer e Karabatic (central), foram eleitos para o sete ideal os qataris Capote (lateral-esquerdo) e Markovic (lateral-direito), o polaco Bartosz Jurecki (pivot), o espanhol Valero Rivera (ponta-esquerda) e o esloveno Dragan Gajic (ponta-direita).