Uma estreia na final do Mundial de andebol: uma selecção não europeia

Qatar ganhou à Polónia e vai defrontar a França no jogo do título.

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A equipa asiática iniciou o Mundial com expectativas de conseguir a sua melhor participação de sempre, dado o enorme investimento que fez – que inclui um seleccionador campeão mundial e dez naturalizados no plantel, sete dos quais de origem europeia -, mas ninguém imaginava que chegasse tão longe. Tem sido dito que, no caso de ganharem a medalha de ouro, cada jogador arrecadará cinco milhões de dólares (4,4 milhões de euros), para não falar dos 88 mil euros recebidos até agora por cada um por vitória.

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A equipa asiática iniciou o Mundial com expectativas de conseguir a sua melhor participação de sempre, dado o enorme investimento que fez – que inclui um seleccionador campeão mundial e dez naturalizados no plantel, sete dos quais de origem europeia -, mas ninguém imaginava que chegasse tão longe. Tem sido dito que, no caso de ganharem a medalha de ouro, cada jogador arrecadará cinco milhões de dólares (4,4 milhões de euros), para não falar dos 88 mil euros recebidos até agora por cada um por vitória.

A Polónia, quarta em 2013, esteve na frente 8-10, mas o Qatar, também ajudado por alguma dualidade de critérios na análise dos contactos, deu a volta ao resultado e nunca mais deixou de estar na frente, depois de ter chegado ao intervalo com uma vantagem de três (16-13).

O guarda-redes Danijel Saric voltou a ser determinante para o Qatar, ao efectuar 12 defesas, por oposição às quatro do polaco Slawomir Szmal, considerado melhor jogador do mundo em 2009. No ataque, a formação orientada pelo espanhol Valero Rivera foi liderada pelo central Kamalaldin Mallash, que desorientou a defesa polaca, com seis golos (em seis remates) e sete assistências. Rafael Capote também apontou seis golos e Zarko Markovic conseguiu menos um.

Do lado da Polónia, destacou-se Michal Jurecki, com nove golos.

No final, os jogadores polacos mostraram insatisfação com a dupla de arbitragem sérvia e aplaudiram-na ironicamente.

Na sua 24.ª edição, a final do Mundial não será pela primeira vez um assunto 100% europeu. Mas um dos finalistas é um cliente habitual. No duelo entre os dois mais recentes campeões, França (2009 e 2011) e Espanha (2013), foi mais forte o primeiro.

Thierry Omeyer, um dos três do plantel gaulês que já ganhou o prémio de melhor do mundo - os outros são Nikola Karabatic e Daniel Narcisse -, defendeu quase metade (20/42) dos remates do adversário e lançou as bases do triunfo da sua equipa. Com cinco golos, o ponta-esquerda Michael Guigou foi o melhor da França, que ganhou mesmo marcando apenas oito golos na segunda metade.

Nesse período, valeu-lhe a defesa, pois também só permitiu que a Espanha marcasse oito vezes. Os melhores concretizadores do ainda campeão mundial, Cristian Ugalde e Joan Cañellas, marcaram igualmente cinco golos.

Se vencer a final de domingo, a selecção gaulesa será a primeira a ganhar cinco Mundiais, separando-se da Suécia e da Roménia. Se o fizer, possuirá também, simultaneamente, os três títulos mais importantes: europeu, mundial e olímpico.