Matosinhos e Vila Real vão ser Capital da Cultura do Eixo Atlântico em 2016

As duas cidades portuguesas sucedem a Ourense, na Galiza, que foi Capital da Cultura do Eixo Atlântico em 2014

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A decisão foi hoje tomada numa reunião da Comissão Executiva do Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular em O Barco de Valdeorras, na província galega de Ourense, e o presidente da Câmara de Matosinhos, o socialista Guilherme Pinto, manifestou já a sua satisfação por esta escolha, que "dará uma grande visbilidade a Matosinhos não apenas na Galiza, mas também noutras regiões espanholas".

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A decisão foi hoje tomada numa reunião da Comissão Executiva do Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular em O Barco de Valdeorras, na província galega de Ourense, e o presidente da Câmara de Matosinhos, o socialista Guilherme Pinto, manifestou já a sua satisfação por esta escolha, que "dará uma grande visbilidade a Matosinhos não apenas na Galiza, mas também noutras regiões espanholas".

O Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular, uma organização que engloba 38 autarquias do Norte de Portugal e da Galiza e que visa aprofundar as relações entre ambas as regiões, estreou estas capitais da cultura em 2009, com Vila Nova de Gaia, tendo-se seguido Viana do Castelo em 2011. Orense foi até agora o único concelho espanhol a usufruir deste programa comum.

Lembrando que definira como uma das prioridades do seu mandato a candidatura de Matosinhos a Capital da Cultura do Eixo Atlântico, Guilherme Pinto disse ao PÚBLICO que esta deverá coincidir com a inauguração de vários novos equipamentos culturais, como a Casa da Arquitectura, o museu do Design ou a Casa da Memória, e ainda com um conjunto de obras de requalificação urbana.

"Queremos requalificar o casco velho e criar espaços de cidadania", diz o autarca, acrescentando que irão ser construídas "cinco novas praças, para que os cidadãos tenham espaços onde se possam reunir". Investimentos que terão de ser assegurados pela autarquia, já que este programa do Eixo Atlântico não prevê qualquer apoio financeiro.

A par do programa cultural propriamente dito, que passará bastante pelas estruturas já existentes no concelho, mas que incluirá também várias expoisções vindas de instituições galegas, este plano de requalificação permitirá potenciar esta Capital da Cultura do ponto de vista da atracção turística e da economia, acredita Guilherme Pinto.

O acolhimento de espectáculos teatrais de companhias galegas em itinerância do Fazer a Festa ou do FITEI - Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica e 15 exposições de artes plásticas, fotografia e design, algumas das quais organizadas em colaboração com algumas instituições de referência da Galiza, são exemplos das acções planeadas para 2016, a par da edição de livros e da realização de conferências relacionadas com o papel dos Caminhos de Santiago na consolidação de uma identidade luso-galaica e europeia.