Ainda assim, o início da partida não fazia antever o resultado que se verificou, já que os gilistas surgiram mais afoitos, procurando trocar a bola e aproximando-se da área do Belenenses, que revelava poucas ideias na construção de jogo.

De qualquer forma, os guarda-redes iam sendo meros espectadores, numa primeira parte que certamente estava muito longe de agradar a quem se deslocou ao Restelo, até ao momento em que Pelé resolveu dar um pontapé de classe no ‘marasmo’ e abriu o marcador, não dando qualquer hipótese a Adriano Facchini.

O Gil Vicente sentiu sobremaneira o golo do adversário e, a partir desse momento, os ‘azuis’ ganharam ascendente e começaram a construir ocasiões claras para aumentar a vantagem, a mais flagrante das quais por Deyverson, que quase aproveitou uma ‘oferta’ de Adriano Facchini.

Contudo, à passagem dos 40 minutos, o avançado brasileiro foi novamente ‘brindado’, desta feita por João Vilela, e apontou o oitavo golo no campeonato, no qual não marcava desde a nona jornada, diante do Boavista.

A reacção do conjunto de Barcelos surgiu, ainda que de forma ténue, nos instantes iniciais da etapa complementar, precisamente pelo elemento mais esclarecido, Caetano, que desaproveitou a posição privilegiada na área e atirou muito por cima.

Este seria o ‘canto do cisne’ dos gilistas, já que durante largo período foi o Belenenses que esteve mais perto de ampliar o placar, com particular destaque para um lance de Miguel Rosa, que surgiu isolado perante Adriano Facchini, mas acabou por desviar em demasia o remate.

A vantagem confortável aliada à pouca réplica do adversário permitia ao Belenenses controlar o jogo sem grandes sobressaltos e Lito Vidigal aproveitou para estrear o jovem avançado Dálcio, de 18 anos, que deixou boas indicações e a certeza de poder vir a ser mais uma opção para o técnico dos ‘azuis’.