Paulo Gonçalves arranca Dakar com segundo lugar

Britânico Sam Sunderland é líder nas motos. O catari Al-Attiyah foi o mais rápido do dia, mas foi penalizado e caiu para sétimo. O espanhol Nani Roma, vencedor do ano passado, já hipotecou hipóteses de revalidar o título.

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Há um português no pódio do Dakar FRANCK FIFE/AFP

“Tudo correu de feição, parti de trás e fui sempre alcançando os adversários que saíram na minha frente”, sintetizou Paulo Gonçalves no final da etapa, citado pela sua acessória de imprensa. “Tentei ainda atacar um pouco mais na parte final para chegar à vitória, mas a diferença para o Sunderland, que abriu o percurso, era alguma. Optei por não arriscar”, prosseguiu o piloto da Honda, de 35 anos, que na edição de 2015 viu a sua moto arder na 5.ª etapa. Este ano Gonçalves quer ser mais feliz e não esconde as suas ambições: “Vamos continuar a fazer boas etapas para poder chegar ao fim em luta pela vitória.”

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“Tudo correu de feição, parti de trás e fui sempre alcançando os adversários que saíram na minha frente”, sintetizou Paulo Gonçalves no final da etapa, citado pela sua acessória de imprensa. “Tentei ainda atacar um pouco mais na parte final para chegar à vitória, mas a diferença para o Sunderland, que abriu o percurso, era alguma. Optei por não arriscar”, prosseguiu o piloto da Honda, de 35 anos, que na edição de 2015 viu a sua moto arder na 5.ª etapa. Este ano Gonçalves quer ser mais feliz e não esconde as suas ambições: “Vamos continuar a fazer boas etapas para poder chegar ao fim em luta pela vitória.”

Já Sam Sunderland admitiu que esteve bem neste primeiro dia, mas procurou por não entrar em euforias. “Não podemos esquecer que só corremos 175km e que, portanto, falta-nos um longo caminho pela frente”, lembrou o piloto de 25 anos, nascido na cidade inglesa de Southampton. Cautelas compreensíveis face à má sorte que pautou as suas duas anteriores participações no Dakar. Em 2012, desistiu no terceiro dia do rali, devido a problemas eléctricos na sua moto; em 2014, ainda venceu a segunda etapa, mas acabou por partir o motor no dia seguinte, voltando a abandonar.

Nos carros, o catari Nasser Al-Attiyah ainda pensou que era o primeiro líder da edição de 2015 do Dakar, mas uma penalização de dois minutos retirou-lhe a vitória na etapa e entregou-a ao argentino Orlando Terranova (Mini), numa decisão só conhecida horas depois do final da tirada.

Desta forma, Terranova (Mini) assumiu o primeiro lugar da classificação dos automóveis, com o tempo de 1h13m12s, enquanto Al Attiyah (Mini) foi relegado para o sétimo lugar, a 1m38s do novo líder.

O norte-americano Robby Gordon (Hummer) subiu ao segundo lugar da classificação, a 42 segundos de Terranova, enquanto o holandês Giniel De Villiers (Toyota) ficou no terceiro posto, a 50s.

O maior destaque desta primeira etapa vai, contudo, para o azar do actual campeão, o espanhol Nani Roma, que sofreu uma avaria logo no 10.º quilómetro e terá comprometido todas as suas aspirações a uma revalidação do título. O catalão teve um problema na pressão do óleo do seu Mini e foi obrigado a parar no início da especial para não colocar em risco o veículo, até receber assistência, perdendo mais de duas horas com o contratempo.

Entre os portugueses, o veterano Carlos Sousa terminou na 12.ª posição, com mais 3m04s do vencedor, enquanto Ricardo Leal dos Santos ficou-se pelo 26.º lugar. Esta segunda-feira, disputa-se a segunda etapa, já com uns respeitáveis 518km cronometrados, que irão ligar Villa Carlos Paz a San Juan, na Argentina.

Notícia actualizada às 23h30, acrescentando a penalização aplicada a Nasser Al-Attiyah, que lhe retirou o primeiro lugar na etapa e na geral