Ex-secretário de Estado representou Ocean antes de chegar ao Governo

O anterior responsável governativo pelo Desporto esteve dos dois lados da barricada.

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Alexandre Mestre foi advogado da Oceanational Motor antes de ser secretário de Estado do Desporto Pedro Maia

A poucos dias do processo dar entrada no tribunal, Alexandre Mestre acabou por aceitar o convite para assumir a SEDJ, abandonando a defesa da Ocean. Contactado pelo PÚBLICO, o ex-governante, que cessou funções em Abril de 2013, confirmou ter defendido a empresa do piloto Tiago Monteiro e do empresário José Guedes, mas não quis comentar o assunto por estar ao abrigo do sigilo profissional. O jurista considerou também não ter havido qualquer tipo de incompatibilidade quando assumiu a pasta do Desporto, por não ter tido posteriormente intervenção nesse dossier específico.

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A poucos dias do processo dar entrada no tribunal, Alexandre Mestre acabou por aceitar o convite para assumir a SEDJ, abandonando a defesa da Ocean. Contactado pelo PÚBLICO, o ex-governante, que cessou funções em Abril de 2013, confirmou ter defendido a empresa do piloto Tiago Monteiro e do empresário José Guedes, mas não quis comentar o assunto por estar ao abrigo do sigilo profissional. O jurista considerou também não ter havido qualquer tipo de incompatibilidade quando assumiu a pasta do Desporto, por não ter tido posteriormente intervenção nesse dossier específico.

“Nunca intervim nesse assunto em momento algum. Estive a par de algumas diligências, mas, precisamente por força de compromissos anteriores, pedi escusa em relação a esse processo”, explicou Alexandre Mestre.

O caso Ocean terá sido tratado directamente pelo gabinete do ex-ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas.

A 24 de Abril de 2012, os responsáveis pela Oceanational reuniram-se com os chefes de gabinete do SEDJ, Diogo Guia, e do ministro dos Assuntos Parlamentares, Vítor Sereno, a quem solicitaram o pagamento da dívida. A resposta do Governo chegou em Janeiro de 2013 e foi negativa, suportando-se num parecer dos serviços jurídicos da Presidência do Conselho de Ministros. O processo corre agora na barra dos tribunais.