Bolsas em queda e juros das dívidas em alta com novos factores de instabilidade

Petróleo em queda, limitações de crédito na China e antecipação de eleições na Grécia assustam investidores.

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Vários factores negativos condicionam andamento dos mercados. Rafael Marchante/Reuters

A afectar também as bolsas, mas particularmente o mercado da dívida, está a instabilidade politica na Grécia, gerada pela antecipação da eleição presidencial, a realizar na próxima semana, dia 17, e que pode deixar a coligação governamental numa situação mais frágil. Para eleger o presidente são necessários dois terços dos votos e a soma dos representantes dos dois partidos da coligação governamental não reúne o número de deputados necessários para garantir essa eleição.

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A afectar também as bolsas, mas particularmente o mercado da dívida, está a instabilidade politica na Grécia, gerada pela antecipação da eleição presidencial, a realizar na próxima semana, dia 17, e que pode deixar a coligação governamental numa situação mais frágil. Para eleger o presidente são necessários dois terços dos votos e a soma dos representantes dos dois partidos da coligação governamental não reúne o número de deputados necessários para garantir essa eleição.

Vários índices bolsistas europeus seguem a cair mais de 1%, um movimento mais acentuado na Grécia, onde o principal índice já esteve a cair 8,9%.

A bolsa de Lisboa apresenta a segunda maior queda da Europa, com o PSI 20 a recuar 2,88%, arrastado pela queda da Galp Energia, que desliza 2,6%, e pelo BPI e BCP, a deslizar 5% e 3,2% respectivamente.

A cotação do petróleo Brent, que serve de referência para a Europa e que cotava esta terça-feira nos 65,30 euros, um preço que não se verificava desde 2009, está a prejudicar as petrolíferas cotadas e não só, já que a queda é motivada por uma questão económica bem mais abrangente, a redução do consumo.

Na vertente da dívida, a instabilidade política na Grécia está a gerar uma subida dos juros da dívida do país, com destaque para os prazos mais curtos.

Este novo foco de instabilidade também interrompeu o movimento de queda dos juros da dívida portuguesa, que tem batido sucessivos mínimos. A dívida portuguesa a 10 anos está a negociar a 2,781%, acima do mínimo de 2,714%, fixado na última sessão.