Venda de tecnologia sobe 11% impulsionada por telemóveis e tablets

O sector da fotografia foi o único que caiu. Televisões abrandaram, depois da aceleração provocada pelo Mundial de Futebol.

Foto
Fnac tem 23 lojas no mercado nacional Tiago Machado

Os dados são da analista de mercado GfK Portugal, que tem vindo a notar uma tendência positiva ao longo de 2014. “A evolução nas vendas dos produtos de tecnologia no terceiro trimestre mantém-se claramente positiva, e a questão que se coloca é se até ao final do ano irá compensar a tendência negativa que se verificou no ano passado”, diz o relatório da empresa. No terceiro trimestre do ano passado o mercado tinha recuado 5%.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Os dados são da analista de mercado GfK Portugal, que tem vindo a notar uma tendência positiva ao longo de 2014. “A evolução nas vendas dos produtos de tecnologia no terceiro trimestre mantém-se claramente positiva, e a questão que se coloca é se até ao final do ano irá compensar a tendência negativa que se verificou no ano passado”, diz o relatório da empresa. No terceiro trimestre do ano passado o mercado tinha recuado 5%.

Para além do grande peso das telecomunicações, que cresceram 30% face ao mesmo trimestre de 2013, também as tecnologias de informação, onde está a venda de tablets e de computadores, representam uma fatia significativa do total. A comercialização destes aparelhos significou uma facturação de 149 milhões de euros, embora com uma subida em torno dos 7%, muito menos acentuada do que o crescimento dos telemóveis.

Seguindo a tendência dos anos recentes, os tablets são aquilo que a GfK qualifica como “o produto estrela”. A venda deste género de equipamento representa 28% do sector da informática, onde os computadores portáteis totalizam 51% da facturação e conseguiram mesmo um crescimento marginal de 1%.

Fora da informática, a televisão começou a abrandar. “As vendas de televisão tiveram o seu momento forte com o Mundial de Futebol, mas à medida que o tempo passa este efeito dissipa-se”, explica o relatório. Além disto, a quebra é também fruto de novas descidas de preços, “uma novidade face à evolução no ano passado, mas que tem castigado a evolução do mercado em valor [facturado]”.

De todas as áreas observadas pela GfK – o que inclui ainda equipamentos de escritórios e electrodomésticos – a única que teve descida foi a fotografia, onde as máquinas têm sofrido a concorrência das câmaras que a generalidade dos telemóveis incorpora e que satisfazem as necessidades de muitos utilizadores. Neste segmento, a quebra foi acentuada: as vendas caíram 28%, para 14 milhões de euros.

“Actualmente mil fotos não valem a compra de uma câmara digital, pois podemos fazê-lo com o nosso telemóvel”, observa a GfK, notando que, se algumas categorias de câmaras continuam a ganhar quota de mercado ou simplesmente a resistir ao declínio, “a verdade é que esta categoria continua a perder peso na carteira do consumidor”.

Já a venda de grandes electrodomésticos cresceu 8% para os 128 milhões de euros, ao passo que os pequenos electrodomésticos registaram uma evolução positiva de 14%, para 48 milhões. Os equipamentos de escritório, por fim, totalizaram 22 milhões de euros entre Julho e Setembro, mais 2% do que no terceiro trimestre do ano passado.