Ano da Suíça decretado com a assinatura de Roger Federer
Suíços fazem história ao conquistar primeiro título na Taça Davis, enquanto os franceses adiaram pela terceira vez novo triunfo.
“Já tenho títulos suficientes na minha carreira, não preciso de preencher alguns buracos em aberto. No final, este foi mais para os rapazes; para o Seve e o Stan e a equipa e todos os envolvidos”, frisou Federer, de lágrimas nos olhos, reforçando o espírito de equipa por detrás desta conquista, na qual pontificaram igualmente o capitão Severin Luthi e Wawrinka, vencedor do primeiro singular, na sexta-feira, e parceiro de Roger no par vitorioso de sábado. “Não consigo mostrar o quanto estou agradecido ao Stan pelo empenho que ele colocou e por tudo o que fez durante este fim-de-semana”, acrescentou mais tarde.
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“Já tenho títulos suficientes na minha carreira, não preciso de preencher alguns buracos em aberto. No final, este foi mais para os rapazes; para o Seve e o Stan e a equipa e todos os envolvidos”, frisou Federer, de lágrimas nos olhos, reforçando o espírito de equipa por detrás desta conquista, na qual pontificaram igualmente o capitão Severin Luthi e Wawrinka, vencedor do primeiro singular, na sexta-feira, e parceiro de Roger no par vitorioso de sábado. “Não consigo mostrar o quanto estou agradecido ao Stan pelo empenho que ele colocou e por tudo o que fez durante este fim-de-semana”, acrescentou mais tarde.
No primeiro singular do derradeiro dia da final, Federer serviu a um nível excepcional, perdendo somente 14 pontos em 13 jogos de serviço e não enfrentando qualquer break-point. Gasquet jogou bem, mas nem o apoio inequívoco dos milhares de compatriotas presentes em Lille compensou a falta de argumentos.
Uma semana depois de ter desistido da jogar a final do Masters de Londres, devido a uma lesão nas costas, Federer mostrou-se livre de qualquer problema físico e exibiu um ténis agressivo com amorties, como o que lhe deu a vitória por 6-4, 6-2 e 6-2. E a concentração patenteada durante uma hora e 52 minutos deu lugar à emoção, partilhada por toda a selecção da Suíça.
Federer encerrou a época com 85 encontros disputados (72 ganhos e 13 perdidos) — máximo este ano no ATP World Tour —, cinco títulos e pelo 10.º ano consecutivo no “top-2”. O melhor suíço é também o 21.º jogador dos 25 que já ocuparam o primeiro lugar do ranking a triunfar na Taça Davis.
Para Wawrinka, 2014 foi inesquecível, pois conquistou um primeiro título do Grand Slam e a Taça Davis, um feito só alcançado por Rafael Nadal neste século — o último a conquistar o seu primeiro major e a Taça Davis no mesmo ano foi Andre Agassi, em 1992. Já a Suíça é o 14.º país a inscrever o nome na base da “saladeira” de prata, o emblemático troféu da competição criada em 1900.
Do outro lado, os franceses não conseguiram esconder a desilusão por perderem a terceira final na prova (após as de 2002 e 2010). “A quente, penso que fizemos tudo bem feito, tanto eu como os jogadores, mas a Suíça foi melhor que nós. O que nos falta são as vitórias regulares nos grandes torneios. Parece pouco mas também é muito”, frisou o capitão da França, Arnaud Clément.
Agora, seguem-se seis semanas de paragem no circuito profissional, até ao início da época de 2015.