Lucro da EDP Renováveis cai 45% até Setembro para 56 milhões de euros

Cortes na remuneração das energias renováveis em Espanha voltam a pesar nas contas da empresa liderada por João Manso Neto.

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A EDP Renováveis tem negócios na Europa, Brasil e Estados Unidos Foto: Filipe Arruda/PÚBLICO

Os aumentos do preço médio de venda na América do Norte (mais 4%) e no Brasil (mais 11%) não foram suficientes “para compensar o menor preço médio de venda na Europa, devido principalmente às alterações regulatórias em Espanha”, lê-se no comunicado da empresa presidida por João Manso Neto. Os ganhos das empresas associadas em Espanha caíram 44%, para oito milhões, a reflectir as decisões de corte nos subsídios às renováveis do Governo espanhol.

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Os aumentos do preço médio de venda na América do Norte (mais 4%) e no Brasil (mais 11%) não foram suficientes “para compensar o menor preço médio de venda na Europa, devido principalmente às alterações regulatórias em Espanha”, lê-se no comunicado da empresa presidida por João Manso Neto. Os ganhos das empresas associadas em Espanha caíram 44%, para oito milhões, a reflectir as decisões de corte nos subsídios às renováveis do Governo espanhol.

Consequentemente, as receitas da EDPR diminuíram 4%, para cerca de 930 milhões de euros, influenciadas também pelos impactos cambiais negativos de dez milhões de euros do dólar e do real.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) recuou 6% para 648 milhões de euros, a reflectir a quebra de receitas, apesar do impacto positivo de 18 milhões de euros da renegociação de um contrato de aquisição de energia de longo prazo nos Estados Unidos e de uma diminuição dos custos operacionais. Segundo a empresa, os custos operacionais recuaram 4% até Setembro, para 303 milhões de euros.

No final de Setembro a EDPR geria uma carteira global de 8,6 gigawatts (GW), repartidos por dez países, dos quais 7,8 GW consolidados integralmente nas contas da empresa e 841 megawatts (MW) consolidados pelo método de equivalência patrimonial (487 MW através do consórcio Eólicas de Portugal e 353 MW relativos a participações em Espanha e nos EUA).

A empresa destaca que nos últimos 12 meses adicionou 373 MW à sua capacidade instalada, tendo produzido, até Setembro, 14,4 terawatts/hora (TWh) de energia renovável, o que representa um crescimento de 5% face aos primeiros nove meses de 2013.