Meia centena de propostas com luz verde no orçamento participativo de Viseu

50 propostas a votação no primeiro orçamento participativo de Viseu. Autarquia anuncia segunda edição e aumento de dotação financeira para 150 mil euros

Foto
É a primeira edição do orçamento participativo do município Paulo Ricca/Arquivo

Das 72 propostas apresentadas pela população, a equipa responsável pela análise técnica validou 53 que, depois de fundidas ideias semelhantes, deram origem aos 50 projectos finais que são agora submetidos a votação.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Das 72 propostas apresentadas pela população, a equipa responsável pela análise técnica validou 53 que, depois de fundidas ideias semelhantes, deram origem aos 50 projectos finais que são agora submetidos a votação.

As propostas incidem sobretudo nas áreas da cultura e eventos, com 11 projectos apresentados, no marketing territorial e comunicação (8), urbanismo e reabilitação, trânsito, acção social, desporto e educação. O centro histórico foi o espaço geográfico com mais incidência de projectos, seguindo-se a Cava de Viriato, local para onde é proposta, por exemplo, a criação de um centro interpretativo.

“Esta experiência (primeiro orçamento participativo), que é uma aprendizagem para a comunidade e para o município, teve um excelente resultado”, classificou o presidente da Câmara de Viseu. “Vamos colocar na prática aquilo que for o resultado das votações democráticas que vamos ter”, assegurou Almeida Henriques.

O autarca anunciou também a segunda edição e que irá ter uma dotação financeira de 150 mil euros, o dobro da primeira, admitindo que os projectos poderão ser apresentados em áreas prioritárias entretanto decididas.

“Viseu mobilizou-se para esta iniciativa. Tivemos 1150 cidadãos que visitaram a plataforma online e 200 munícipes que estiveram presentes nas assembleias participativas, com realce para a grande presença de jovens e mulheres”, disse, esperando uma participação “cinco vezes mais” na fase da votação que poderá ser feita presencialmente ou através da plataforma.

“Estamos a adoptar medidas, até porque temos vindo a fazer a observação de votações noutros municípios, para tornar a votação participada, acessível e segura, mas contra abusos electrónicos”, avisou o autarca. Explicou ainda que o voto electrónico só será possível para cidadãos com conta registada na plataforma, inteiramente desenvolvida para este efeito, que terá mecanismos de protecção contra os chamados robots informáticos que duplicam votos.

Dos 50 projectos que vão estar agora em votação, o autarca salientou as propostas “inovadores e surpreendentes” apresentadas, mantendo “elevadas expectativas” quanto às que serão vencedoras. “Depois desta fase da votação, e do período de reclamação até 24 de Novembro, os projectos estão em votação até 31 de Dezembro, sendo que a apresentação dos projectos finais será feita até 9 de Janeiro de 2015”, concluiu.